quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Carta Aberta à Reitoria


Terça-feira, 08 de dezembro de 2009


Ao senhor Reitor da Universidade Metodista de São Paulo.


Caro Reitor,


            Nós alunos do curso de Filosofia viemos, por meio desta, manifestar nosso profundo descontentamento e pesar por mais uma atitude adotada pela instituição. A não abertura de uma nova turma para o curso de Filosofia, modalidade presencial, em 2010, é um duro golpe no nosso curso. Golpe que atinge não apenas os docentes, como os discentes e a própria tradição que o curso de Filosofia adquiriu ao longo desses anos de existência.
Discordamos do argumento de “insuficiência do número de candidatos inscritos”, pois sabemos que em anos anteriores o curso se manteve com um número baixo de alunos. Da mesma forma que a instituição sabe que o curso de Filosofia não é um curso massivo.
Quando falamos na tradição do curso de Filosofia, falamos do único curso desta disciplina na região do grande ABC, também falamos na formação de algumas centenas de alunos e na presença e passagem de bons professores que fizeram a história deste curso. História que não deve ser apagada por uma lógica mercadológica que provocará a descontinuidade na formação de turmas, abrindo brechas para uma breve extinção do curso. Por conta disso, reiteramos aqui nossa indignação com tal atitude e exigimos a revisão desta decisão institucional.


                                                                       Atenciosamente

                                                                      Blog da Filosofia

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Saia Curta e Privataria

do blog do Emir Sader, em Carta Maior

Uma das maiores tragédias do neoliberalismo foi difundir amplamente o circuito de instituições de ensino privado pelo país afora. No Brasil, foi a “privataria” promovida pelo ex-ministro Paulo Renato – ex aluno, professor e reitor de universidade pública -, que depois passou a ser proprietário de entidade privada de assessoria a instituições privadas de ensino – via de regra, as mesmas que promoveu e autorizou a criação.

O que deveria ser direito, passou a ser mercadoria, bem a ser comprado no mercado, conforme o poder aquisitivo de cada um. A educação, que deveria diminuir as desigualdades originais das nossas sociedades, passou a multiplicá-las. A política de cotas – especialmente a partir do projeto de lei do governo federal, que reserva 50% da vagas de universidades públicas aos estudantes originários de escolas públicas – minora um pouco essa situação, se, resolvê-la.

A grande maioria dos estudantes universitários brasileiros está hoje em instituições privadas. Sem generalizar uma avaliação da qualidade do ensino nelas, pode-se dizer que o princípio de uma educação privada é ruim: paga-se para estudar, portanto, se se deixa de pagar, se deixa de ter o direito de seguir cursando. O princípio mercantil do custo-benefício preside essas instituições, que disputam alunos muito mais pelos preços que oferecem do que pela qualidade do ensino.

Há universidades e faculdades privadas, que mais parecem um shoping-center, em que fica difícil localizar onde está a secretaria, as salas de aula, o auditório, escondidos atrás de McDonalds e outras lojas. Sua visão mercantilista do ensino transforma definitivamente a educação numa busca de inserção no mercado. A grande maioria dos professores são superexplorados, ganham por hora-aula, sem contrato, não tem horário para pesquisa, nem carreira docente, trabalham em total precariedade.

O episódio de expulsão da moça que supostamente usava saia muito curta revela o universo desse tipo de instituição, supostamente de caráter educacional. Por si só – pelo comportamento maciço dos alunos e da diretoria da instituição – deveria servir para desqualificá-la como centro educativo. Provavelmente voltaram atrás na expulsão para tentar preservar o nome – o marketing – da Universidade e não porque consideram que foi uma decisão errada. Teve repercussões negativas “no mercado”, afetou o nome da empresa.

Um episódio como esse deveria servir para elevar em termos educativos, culturais, éticos, a todos os que participaram ou tiveram conhecimento dele. A direção da Universidade envolvida deve ser condenada e sua licença de funcionamento, questionada.

Trata-se de uma radiografia do que são esses espaços criados e formalizados pela privataria tucana. Muito mais arapucas de vender diplomas, centros comerciais, do que instituições que merecessem a classificação de educacionais.

Numa democracia a educação tem que ser gratuita, universal, pluralista, laica e de qualidade, para todos. Os que, por razões religiosas ou outras, querem matricular seus filhos em escolas religiosas, poderão fazê-lo, mas essas escolas não deveriam receber subsídios públicos, reservados para as escolas públicas.

Ao ler este artigo, este blog pergunta: Há muitas diferenças entre a Umesp e sua vizinha Uniban?

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Enquete: Em quem você votaria para coordenador do Curso de Filosofia de Longa Distância?


William Bonner para dizer seu famoso: "Boa Noite"?


Joelmir Betting para lhe dizer onde aplicar melhor o seu dinheiro?


Boris Casoy para dizer que tudo isso é "uma Vergonha"?

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

História da formação do Centro Acadêmico

A criação de um Centro Acadêmico de Filosofia é desejo antigo. É um processo longo com idas e vindas, inclusive já houve CA no curso de Filosofia presidido pelo nosso atual coordenador de curso. Desconhecemos as razões pelas quais o CA não manteve sua continuidade. O desejo de refundar o CA se manteve com o passar dos anos e com as novas turmas. Entretanto, como em outras circunstâncias, faltava sempre a ação. Com o incidente ocorrido no campus em que envolveu alunos do curso de Filosofia e militantes do PT, um sentimento de indignação sensibilizou e motivou grande parte dos alunos. O Centro Acadêmico viria a renascer.

Reuniões foram realizadas para discutir o estatuto do CA, bem como reuniões para acertar o período e a forma de eleições. Houve um período de inscrição e duas chapas inscritas. Também houve uma semana para campanha eleitoral. A eleição ocorreu de forma tranqüila com a colaboração das duas chapas. Saído o resultado, uma das chapas começou a realizar seu trabalho com o apoio da outra chapa que, embora pensamento oposto, sempre teve postura bastante civilizada e participativa.

O Centro Acadêmico reconhece que tem vários problemas quanto virtudes. Até aí isso é natural. Isso vale para a coordenação, para a direção, para a reitoria e para a Universidade como um todo. No entanto, não podemos questionar a importância e a legitimidade desta estância. Pois ela promove reuniões abertas em que qualquer aluno pode se pronunciar e discutir propostas. Isso ocorreu inúmeras vezes no corredor do Beta. Muitas das críticas vêm por conta do blog do CA, pois ele tem uma postura bastante crítica e contundente.

Neste período temos de pensar em qual atuação queremos. A de um Centro Acadêmico que questione por meio de atuação política os vários problemas que nós sabemos que temos, que faz parte da nossa rotina cotidiana, que muitas vezes comentamos nos corredores. E esta mesma reflexão vale para outras esferas da faculdade, pois não nos esqueçamos que estas mudanças são um processo e que as tensões muitas vezes são necessárias para nossa defesa. Inclusive reivindicando maior participação estudantil nas várias esferas da faculdade. Por isso defendemos ELEIÇÕES DIRETAS PARA COORDENADOR DE CURSO.

Muito embora estejamos dentro de uma universidade privada, discordamos daqueles que dizem que por ser privada não precisa ser democrática. A Universidade precisa e deve (independente de ser pública ou privada) ser democrática, pois este é um valor que qualquer pessoa sensata defende para a sociedade como um todo. Um exemplo disso foi a participação maciça dos alunos na conversa com o coordenador quando este nos convidou a discutir as mudanças no espaço físico. Foi uma reunião que teve momentos de tensões e conflitos, concordâncias e discordâncias, porém isso faz parte do jogo democrático e do livre debate.

Concebemos este blog como um fórum para debate, mas reconhecemos que muitas vezes se tornou lugar de confrontos pessoais entre alunos, o que foge do propósito original deste blog. Pois o já publicamos várias comentários críticos e discordantes da linha editorial, no entanto, optamos por restringir ataques pessoais e ofensivos. Há alunos aproveitando da situação para criticar seus colegas e não criticar o contexto em que estamos inseridos. Emails assinados por particulares não são de nossas responsabilidades. Nos responsabilizamos apenas pelos artigos que aqui escrevemos e assinamos no plural.

Concordando ou discordando do CA, devemos defendê-lo como órgão de representação estudantil em que podemos votar e ser votados, lugar em que podemos criticar e ser criticados. É uma instituição nossa e a qual cabe a nós torná-la mais ou menos eficiente. Claro que podemos discordar dos seus posicionamentos em questões pontuais, isso faz parte da democracia, mas não podemos abrir mão da participação deste órgão que tem por dever nos representar enquanto coletivo.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

10 – Propostas Para o Novo Coordenador

1- Defesa incondicional do curso de Filosofia e dos alunos do curso. O Coordenador do curso de Filosofia deve estar ao lado dos alunos em defesa da melhor qualidade de ensino e formação, mesmo que isso signifique se opor aos interesses mercadológicos da Instituição.

2- Ampliação da Grade Curricular. Propomos que o Coordenador defenda uma grade estendida optativa no curso de Filosofia. Como ocorre em outras instituições, o aluno pode fazer o curso em 3 anos ou em mais anos. No caso, a Instituição ofereceria disciplinas optativas complementares para o aluno que busca uma formação mais rica e ampla.

3- Fim do ensino modular. O ensino modular tem sido um calvário para os alunos. Provas, disciplinas em que os professores não se falam e não se entendem, dando abertura para vários descompassos, tanto de ensino, quanto de avaliação.
4- Oposição às disciplinas semi-presenciais. Aula de Filosofia não é aula virtual. A Filosofia, dada sua natureza, se aprende pelo debate em espaço público e não em laboratórios de informática.

5- Manutenção da unidade física do curso. O Coordenador deve lutar para manter todo o curso no mesmo espaço físico e evitar que os alunos de Filosofia entrem na ciranda da falta de salas como ocorre em outros cursos.

6- Volta ao edifício Beta. O edifício Capa se demonstrou inviável com todos os problemas estruturais de barulho que vão desde a acústica até ensaio de escola de samba.

7- Processo mais criterioso, democrático e transparente na contratação e demissão de professores. Atualmente passa apenas pelas mãos do Coordenador a decisão sobre demissão e contratação de docente.

8- Ampliação e extensão da área de concentração de professores especialistas. Esta proposta visa a evitar absurdos como o atual em que temos 4 especialistas em Ricoeur e nenhum em Filosofia Moderna (empirismo inglês, racionalismo francês e idealismo alemão) e nenhum especialista em Filosofia Medieval.

9- Ampliação do material bibliográfico em Filosofia. Quem conhece nossa biblioteca-shopping sabe a vazio que ela é em quantidade e qualidade.

10- Curso de línguas instrumentais patrocinados pela Instituição. Esta modalidade de ensino fazia parte do curso de Filosofia no passado. Como aperfeiçoamento daquilo que já existia, sugerimos um curso de idioma antigo e outro de idioma moderno. O Centro Acadêmico provou que isso é possível: “We Can!”



quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Campanha por Eleições DIRETAS para Coordenador

  • Para pôr fim aos candidatos “Chapa Branca”
  • Para que os alunos participem do processo de escolha do coordenador de seu curso.
  • Eleições DIRETAS para coordenação já!

Avaliação da Gestão da Coordenação do Curso de Filosofia

A gestão do atual coordenador está chegando ao seu término e como todo fim de gestão, cabe aqui realizar uma avaliação desta gestão que chega ao fim. Por incrível que pareça, dentre as demais coordenações que houve no curso, esta última foi a responsável por inúmeras mudanças ao longo destes dois anos. O coordenador entrou herdando a polêmica mudança por parte da Instituição da redução do curso de quatro para três anos. O projeto que já estava em curso de dar ênfase à formação do professor de Filosofia em 3 anos e ensino modular foi abraçado pela nova coordenação.

O coordenador também assumiu logo após a auto-demissão da coordenadora anterior (misteriosa até os dias de hoje). Outro problema que o coordenador enfrentou foi à saída dos professores Ródnei e Marcelo. Neste período, o coordenador foi bastante feliz e competente nas substituições. Entraram os professores Marcos, Frederico e Fernando. Outro momento em que a coordenação fora bastante hábil, foi durante a licença da professora Suzi, muito bem substituída durante sua maternidade pelo professor Washington. Porém não é só de glórias que esta coordenação é marcada. Há uma série de posicionamentos bastante criticáveis que vamos apresentar aqui.

No entanto, antes de apresentá-los vale dizer que tais posicionamentos são decorrentes de uma postura muitas vezes voltada para os interesses da Instituição. Há vários casos como o episódio em que alunos do curso de Filosofia foram agredidos dentro do campus por militantes do PT. Após este incidente, o coordenador tentou “abafar o caso”, inclusive pedindo aos alunos agredidos que não fizessem boletim de ocorrência. Outro exemplo foi de uma reunião em que os alunos reivindicaram cursos de línguas, que em coordenações passadas, faziam parte da grade do curso. O coordenador se comprometeu a encaminhar a reivindicação, o que não foi feito. Podemos ainda mencionar aqui também a postura da coordenação quanto à transferência do curso do prédio Beta para o prédio Capa. Quem acompanhou de perto todo o processo e acompanha este blog sabe qual foi a postura do nosso coordenador. Outra história mal contada pela coordenação diz respeito às demissões dos professores Fernando e Jorge Gutiérrez.

Agora o curso está em outra fase, nunca estivemos tão ricos em Ricoeur no interior de um prédio barulhento e pouco propício para o aprendizado acadêmico. A coordenação não se pronuncia e muitas vezes se omite (leia o post: O assunto ainda não está encerrado). O ensino modular e a mudança de prédio aumentaram ainda mais a falta de diálogo entre professores e disciplinas, dando abertura para a arbitrariedade. Esta mudança, referendada na atual gestão, nos lega um desastroso resultado. Além da redução da carga-horária do curso, outras coisas vieram no pacote da Universidade, Shopping & Cia.: redução da grade de matérias, retirada de disciplinas e o módulo que, contraditoriamente em seu discurso, privilegia o olhar transversal, múltiplo e o diálogo entre os professores, para a construção de planos de ensino e uma possível interação entre as disciplinas, impossibilitado em um espaço no qual os professores mal se encontram. Os cursos de línguas ficaram a cargo do Centro Acadêmico, já que os consideramos fundamentais para nossa formação. Professores são contratados e demitidos ao sabor dos ventos e bandeiras e de modo muitas vezes injustificados. E a postura da coordenação mantém sua fidelidade aos interesses da Instituição mesmo a custa do sacrifício dos alunos.


sábado, 19 de setembro de 2009

A Babilônia do Ed. Capa!

Depois do jogo de cartas marcadas realizada na reunião do semestre passado com a Burocracia Acadêmica da Universidade, a maioria dos estudantes de filosofia estão completamente indignadas com o novo espaço. Segundo esses estudantes, o excesso de barulho é intenso, e não há nenhuma possibilidade de estudar. As reclamações dos estudantes iniciaram no início das aulas deste semestre, quando perceberam que havia uma escola de samba ensaiando em pleno horário de aula (realizada por alguns alunos da comunicação!, dizem as más línguas) nas redondezas da Universidade!

Não somente isso, estudantes do segundo ano relatam que a atual sala onde estudam é quase impossível de se ter aula. Pois o excesso de barulho é grande. A gota d’água foi no dia em que o coordenador estava lecionando no segundo ano e os estudantes quase não conseguiam ouvir o que ele estava dizendo por conta da Babilônia da sala ao lado.

O engraçado disso tudo, é que outros professores simplesmente foram reclamar diretamente com quem estava fazendo barulho e o que ouviram foi uma ríspida resposta.

Ora, está mais do que claro para os estudantes, se estes quiserem um espaço decente para estudar, é necessário construir um movimento entre os estudantes que diga não a estes Burocratas que simplesmente decidem tudo na surdina e na calada da noite.

Apesar de toda verticalidade nas decisões, os estudantes começaram a se mexer. Realizou-se uma reunião no dia 16/09/09, cuja pauta foi o atual espaço físico e alguns encaminhamentos foram tomados para o início do debate com Universidade. Ficou claro a todos os estudantes que o lugar que atualmente estão é apenas fruto de uma decisão paliativa da Universidade e que esta resolução, ou melhor, um despejo nomeado “democraticamente” de transferência vem ocorrendo há pelo menos uns 4 anos. Ou seja, quem esteve ao longo destes anos sabe o quanto o curso de Filosofia sofreu alterações, em sua maior parte pra pior.

É necessário um ponto de ruptura já!

C.A de Filosofia

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Convite à todos interessados

O Hugo, um colega nosso da filosofia, postou o seguinte comentário no post In vino veritas!:

"Pessoal, estamos fazendo isso na Pós de Filosofia e História contemporânea. Um@ onvidad@ (ou membr@) propõe um debate, o inicia e os outros debatem com el@. Ainda não estamos filmando. Mas, que tal somarmos as iniciativas? Está ocorrendo nas casas dos membros, mas poderíamos oficiaizar um lugar, ou não... Fica a proposta para o C.A. e dicentes da graduação, seria uma forma de nos confraternizarmos (pós, graduação, professores...) e produzirmos filosofia. Um abraço. Hugo"

Para o C.A se movimentar precisamos saber se vocês estão interessados, deixem seus comentários abaixo...

Abs, Catrina

Revista Espaço Acadêmico

A Revista Espaço Acadêmico, ISSN 1519-6186, começou a ser publicada em maio de 2001. A partir do nº. 97, foi incluída no Portal de Periódicos da Universidade Estadual de Maringá. A REA completou 100 edições em setembro de 2009 e está em seu IX ano.

E agora ela está convidando todos interessados para que visitem seu blog:
http://espacoacademico.wordpress.com/


O blog está aberto à sua contribuição, críticas, sugestões, etc.

É um espaço aberto. É um espaço de diálogo crítico sobre os temas pertinentes à revista. O objetivo é estreitar ainda mais os vínculos com os leitores e autores. Lá pode-se comentar os artigos publicados, sugerir temas e escrever sobre questões relacionadas à revista.

Abs,
Catrina

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O desabafo de uma integrante do C.A

Quando entrei na Metodista fiquei um tanto abismada por ela não ter um DCE e nem um DA. Nas outras universidades em que estudei o DCE já era uma tradição, impossível pensar a universidade sem ele. E os D.A.s cuidavam da integração dos alunos ao curso. Então, quando ouvi falar que iriam montar uma chapa para criar um C.A., até então inexistente, fiquei feliz e me propus a participar, com essa intenção de integrar.
E aí, o que acontece? Nossa chapa ganha, e os problemas começam a aparecer... Mas até aí, é simples entender o pq disso, eramos todos marinheiros de primerira viagem, sem uma tradição a seguir.
Tivemos muitas idéias e algumas colocamos em ação, como a recepção aos novos estudantes com o maracatu, os saraus, cine-clubes, a coordenação nos cedeu um dia na semana da filosofia, e muitos professores nos elogiaram, nos agregamos ao CA de jornalismo e escrevemos um jornalzinho, teve também o grupo de estudo de analítica e as aulas de línguas (francês, inglês e grego) e por fim, criamos o blog para falar e ouvir as vozes dos alunos (aqui no caso ler rsrs). Às vezes, pecamos na divulgação, ora pecamos na organização dos eventos, ora na agressividade ao fazer críticas, como na hora de receber críticas (e vamos convir, quem gosta de receber críticas, não é mesmo?rsrs), contudo,  estamos aprendendo com nossos erros, estamos deixando de ser marinheiros de primeira viagem, deixando de ser tão ingênuos...
Confesso que, muitas vezes,  fiquei triste com o que li aqui neste blog, tanto com alguns posts nos quais não concordo, qto com os comentários dos integrantes do C.A, que tbm se escondem por trás dessa sigla. Até eu fiz postagem anônima para não ser rechacada por eles! E concordei muitas vezes com certas críticas levantadas contra a gente (o C.A.). Agora, certos comentários me decepcionaram demais, argumentos chulos, infantis, maldosos, respostas que eu, sinceramente, não esperava vir de estudantes de filosofia.
E com isso aprendi mais uma coisa, algumas pessoas abusam da democracia.
E por causa desse abuso tanto do C.A quanto dos comentadores deste blog, venho a declarar que a partir de hoje os comentários anônimos estão sendo barrados e excluídos. Tanto os integrantes do C.A irão assinar seus posts e coments quanto seus leitores. Xingamentos gratuitos também não serão aceitos. Podem reclamar, falar o que quiser, mas eu cansei de ler certas baixezas dos anônimos do C.A e dos anônimos leitores.
Criticas serão bem-vindas, porque acredito nelas como meio de melhorar o que não enxergamos, mas por favor, dêem cara a elas para que possam ser levadas a sério.

Peço desculpas por todos nossos erros,
Catrina

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Violência Administrada

No beco escuro explode a violência
Eu tava acordado
Ruínas de igrejas, seitas sem nome
Paixão, insônia, doença
Liberdade vigiada
O Beco, Paralamas do Sucesso

Este blog vem a discutir um tema do qual foi acusado: violência. Por enquanto, não vamos falar da violência de nossas palavras que muitas vezes são o eco de vozes exasperadas e indignadas. Vamos falar da violência silenciosa, sínica e sorridente que muitas vezes se utiliza de palavras dóceis e cordiais. Vamos falar da violência institucional, da violência dos gabinetes e dos escritórios, da violência calculada em planilhas, na violência contábil entre o ter e haver. Falamos da violência dos contadores, a violência dos diretores, dos coordenadores, dos reitores, a violência das secretárias. Violência que não precisa mudar o tom de voz, violência que pode ser suave, que pode apertar sua mão e sorrir para você — a violência do poder. A mesma violência que olha para uma tela de computar e diz: “É o sistema” — como se o sistema fosse uma coisa metafísica, espiritual, como se o sistema não obedecesse a comandos, como se os programas de computadores e as planilhas de cálculo nascessem sozinhos e não obedecessem uma lógica. É desta violência que falamos, esta violência que acusamos, a violência lógica, a violência tão sutil que a vítima violentada se submete e aceita com complexo de culpa. É a mesma lógica dos advogados de estupradores que culpa a vítima de estupro pela roupa que ela utilizava quando fora violentada. Quando falamos de violência, falamos da organização e civilidade com a qual somos levados como rebanhos de gado de um lado à outro. A violência com local e hora marcada. Nós neste blog não somos mais violentos que a “força da grana que ergue e destrói coisas belas”. Falamos da violência da sociedade administrada, para utilizarmos um termo do Adorno. Falamos da desumanização e da reificação (coisificação) praticada pelos bons e metódicos cristãos que oram antes das refeições e atividades acadêmicas. Talvez seja mais fácil chamar de violentos quem se utiliza de discurso mais duro e contundente, porém o desvelar próprio que nos faz “filósofos” é perceber a violência nas relações mais triviais, nas falácias “dialógicas”, nas falsas democracias, nos discursos e oportunismos de carreira. Não viemos falar aqui na violência do beco escuro, mas da violência das salas iluminadas com luz florescente e aclimatizadas com ar condicionados. Viemos falar da violência que não é praticada pelo windows, mas pelo exel. A violência dos números e não dos argumentos. Nossas palavras aqui neste blog não são mais violentas que a arquitetura do Capa, do prédio do Colégio, dessa mescla de igreja e shopping que se tornou a Metodisney, da biblioteca central em que se pode fazer tudo dentro dela exceto ler, do shopping center que recebe o irônico nome de “Centro de Convivência”, do guichê de renegociação da Secretaria Acadêmica. A violência está em toda a parte, está em nós que escrevemos, está em você que lê se indigna ou não com os acontecimentos, está na instituição que te manda cartas ameaçadoras caso você venha a devê-la, a violência está na forma como agimos e reagimos.

Elogio a Eduardo

O interessante comentário do aluno William Dubal do 4º Ano nos motivou a postar o comentário todo. Algo semelhante ocorreu com a mensagem deixada pela Juliana Fagundes do 3º Ano. Confessamos que esta atitude do blog ocorreu pela concordância desses comentários com a opinião de seus editores. Porém este post irá tratar de duas ou várias vozes dissonantes: Eduardo e os Anônimos.
Eduardo é aluno do 4º Ano e entrou no debate ao comentar o post “O assunto não está encerrado”. Embora não concordamos com seus comentários que pecam por falta de uma visão política mais ampla e conjuntural (como encontramos nos comentários de Juliana e William) e argumentos esdrúxulos como: “estão lutando por melhorias para nós, mas para o próprio ego”; outros que beiram ao ridículo como: “não acredito num C.A. que não tem sala para suas reuniões”, uma coisa reconhecemos de louvável no nosso companheiro de curso Eduardo: a honestidade. Pois apesar de divergir frontalmente da nossa linha editorial e se retirar das discussões, nosso colega procurou participar e assinar seus comentários, mesmo correndo o risco de ser nominalmente refutado. A coragem de um homem deve ser sempre e acima de tudo respeitada. Por conta disso resolvemos lhe escrever este elogio.
Mas por que, perguntaria o atento leitor, elogiar uma voz dissonante? A resposta é simples. Não elogiamos seus argumentos e sim sua postura em assinar seus comentários. Com isso, queremos criticar uma outra classe de interlocutor: os Anônimos.
Pensamos inclusive em eliminar a possibilidade do comentário Anônimo, mas resolvemos mantê-los, pois é no silêncio e no escuro que os ratos agem. De nada valeria pisos de mármore e granito que escondessem seus subterrâneos e quem passa por eles. Por conta disso, mantemos os Anônimos para manter nossa piedade “por essa gente careta e covarde”. O silêncio, o medo, a covardia, a apatia e a indiferença têm sido sintoma e signo do estudante de filosofia na Metodisney. E o Anônimo tem representado bem o papel de revelar esse sintoma. Inclusive há Anônimo que chega a covardia de pedir, por meio dos comentários, a cabeça de professor. Não sabemos se isso é ignorância ou mau-caratismo do Anônimo, pois ele não considera que a função do Centro Acadêmico não é o de pedir a cabeça de professor e sim reivindicar melhores condições de ensino que passam por melhores instalações, grade curricular, entre outras coisas, além de organizar atividades entre os alunos.
Outra postura crítica a este blog que respeitamos e louvamos é a do aluno Hugo do pós. No seu comentário há críticas à linha editorial, da mesma forma que há elogios às ações concretas do CA como: “cursos de idiomas, "amostra de vídeos", sarau”. Há pontos que bastante interessantes e sugestivos: “Que tal promovermos debates sobre a educação e a Filosofia? Trazer pessoas do Movimento estudantil de Filosofia que estão promovendo muita coisa boa, nos interarmos das discussões de âmbito nacional... propocionar ao estudante de nosso curso uma leitura e debates mais elaborados destas questões?”


Essas são três posturas que aqui destacamos. Pelo menos Eduardo expôs a cara à tapa, a qual revidamos sem pena e sem dó, no entanto ele não foi refutado no anonimato. Outra são as críticas propositivas do aluno Hugo. Quanto ao Anônimo, deixemos ele no seu devido e confortável lugar: o anonimato.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O assunto ainda não está encerrado!


Depois dos estudantes do curso de filosofia serem expulsos transferidos do Edifício Beta pela burocracia acadêmica e em seguida, jogados acomodados no Ed. Capa, novos problemas surgiram nas salas de aulas.
Segundo os estudantes do segundo e terceiro ano, não há nenhuma possibilidade de estudar no novo espaço. O excesso de barulho é grande demais! Além de ter uma "escola de samba" embaixo da sala, na sala de aula vizinha o professor usa o microfone para lecionar suas aulas, relatam os estudantes.
As reclamações iniciaram desde o  primeiro dia de aula, mas quando o coordenador do curso de filosofia lecionava sua disciplina e os estudantes perceberam que o coordenador estava falando alto demais devido o barulho da sala ao lado, questionado pelos estudantes sobre o barulho da sala, o coordenador simplesmente disse “aqui na sala de aula eu sou professor, não sou coordenador”, (sendo que outros professores já haviam se manisfestado e pedido  encarecidamente ao professor vizinho para que abaixasse o volume do microfone) esta resposta deixou os estudantes embasbacados.
Logo depois veio o e-mail da coordenação:
"Colegas,

Fomos informados pela equipe da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas e Infraestrutura que “Estão sendo tomadas algumas medidas para resolver o problema de ruídos da sala C-104. Dependemos dos serviços de terceiros e a previsão inicial é para resolvermos na primeira quinzena de setembro.”
Um abraço,

Daniel
"
Esta é mais uma resposta que o Shopping Universidade  fornece aos estudantes. Jogando-os em qualquer canto, sem o mínimo de estrutura para seus devidos estudos. Então esperaremos até o fim dessa quinzena para ver o que vai dar, porém gostaríamos de saber como os alunos estão se sentindo com o novo espaço. Por isso, convocamos todos os estudantes para reunião no dia 09/09/09 às 21hs00 no Edifício Capa!
Pauta para debate: O novo espaço físico e discutir encaminhamentos a partir das propostas levantadas.
Contamos com a presença de todos!

Demissões & Demitidos

No início das aulas nosso caríssimo coordenador passou pelas salas para informar sobre as mudanças no quadro de professores. Segundo o discurso da coordenação, todos estavam indo dessa para uma outra melhor... Mas a verdade não é bem essa... Dos três professores, quem foi para uma melhor mesmo foi o professor Frederico que assumiu uma vaga numa universidade federal. No entanto, os outros dois professores (Fernando e Jorge) não tiveram a mesma felicidade. Ambos sofreram um processo que aqui vamos chamar de “sangria”, ou seja, foram atribuindo-lhes um menor número de aulas. Diferente do suplício público que podemos ler nas primeiras páginas de Vigiar e Punir de Foucault, esse processo foi realizado no privado do colegiado. Os professores tiveram suas aulas drasticamente reduzidas a ponto de quase serem convidados a se demitirem ou serem de fato demitidos. Este processo que podemos classificar de humilhante e ultrajante para dois especialistas em suas respectivas áreas reforçam o processo de precarização e pedagogização do curso de filosofia. Esta é a nova cara do curso: formação de medíocres professores de filosofia, mão-de-obra pouco qualificada para o mercado, já que, como sabemos, a Metodisney optou pelo mercado. O que o discurso oficial esconde é que a redução da grade curricular e o ensino modular reduz a necessidade de professores especialistas, reduz o quadro de professores, o que na prática prejudica nossa formação ampla e específica. Isso empobrece nossa formação, pois as aulas serão reduzidas a práticas didáticas do ensino de filosofia. Mais do que conhecermos a história da filosofia, conheceremos a história da lousa e do giz.

domingo, 23 de agosto de 2009

In vino veritas!

Filosofia de boteco, esse é um blog de uma galera "butequeira" que faz debates filosóficos em uma mesa de bar, até aí nada de mais, a novidade é que essas criaturas começaram a filmar e jogar esses vídeos no youtube.
Vale a pena dar uma olhada no blog dos caras e quem sabe até pegar essa idéia, porque debates filosóficos nunca faltam em nossa querida e agora distante Padaria...

Aí vai uma palhinha do que rola no bar...



Abs,
Catrina




quinta-feira, 30 de julho de 2009

O assunto não está encerrado!

Sócrates e Platão ficam pensando numa possibilidade que seja melhor do que estudar na babilônia do Ed. Capa...

Sócrates: Hei Platão, você ta sabendo?
Platão:- Sabendo o que?
Sócrates: Sabe que fomos ATENDIDOS PLENAMENTE!?
Platão: Não. Não to sabendo.
Sócrates: Quer dizer que iremos permanecer no Ed Beta!
Platão: Não! Ao contrário. A coordenação enviou um email e disse que fomos ATENDIDOS PLENAMENTE e que o assunto está ENCERRADO. Na verdade, você sabe o que aconteceu? Fomos EXPULSOS PLENAMENTE!!!
Sócrates: Por Zeus! Como assim?
Platão: Iremos estudar no Ed. Capa. Só este semestre. Eu acho.
Sócrates: Como assim?
Platão: Já sei! É melhor fazermos um teto e estudarmos debaixo da árvore! Assim, poderemos filosofar. Aliás, creio que a culpa de tudo isso seja desses sofistas que andam convencendo o povo por aí!
Sócrates: Crês mesmo que seja culpa dos sofistas?
Platão: Mas claro! São eles que gostam de ficar falando, posando de bons moços pros alunos da academia.
Sócrates: Será que estes sofistas tem poder suficiente pra tudo isso?
Platão: Mas claro Sócrates! Lembra-se do ano passado? Os estudantes iam fazer um protesto contra a agressão que sofreram dos capangas do PT na Universidade e estes sofistões melaram tudo...
Sócrates: Sim, lembro perfeitamente Platão.
Platão: Então....o assunto da EXPULSÃO PLENA não se dá por ENCERRADO.
Sócrates: Evidente que não!
Platão: Eis por que é necessário o movimento.

sábado, 25 de julho de 2009

Nossos Leitores

Nossos leitores têm elevado bastante o debate neste espaço. Além do texto do nosso amigo William que foi republicado logo abaixo, recebemos um interessante comentário da nossa companheira de curso Juliana Fagundes.

Neste comentário, Juliana fala da “crise do aparelho universitário brasileiro” e sua “derrocada”. Quando tratamos destes assuntos, precisamos pensar na função social e na lógica que as universidades (principalmente as privadas) adquiriram recentemente.

Hoje as Unis disputam alunos no mercado da mesma forma que as redes de supermercado disputam consumidores. Podemos ler desde slogans de propaganda: “Quem escolhe o mercado, escolhe Metodista” ou até uma outra Uni que oferece um telefone celular para o calouro.

O ensino universitário no chamado mundo contemporâneo adquiriu as feições de mera formação técnica ou específica para o mercado ou o mundo do trabalho. A formação educacional, cultural e universal de extensão do conhecimento que faz parte da tradição universitária ficou para segundo plano, o que importa agora é o diploma na mão ao melhor custo-benefício.

Por meio desta lógica podemos entender quando nossa leitora fala da “estrutura educacional subordinada aos objetivos econômicos para o crescimento do país”. É claro que o país precisa de um maior contingente de mão-de-obra qualificada para seu desenvolvimento econômico, porém apenas isso não basta, o desenvolvimento cultural no seu conjunto também se faz necessário e isso também é função da universidade.

Dentro deste contexto, nossa leitora pergunta: “Qual é a sua postura como estudante de Filosofia?” Essa indagação vem ao encontro do espírito deste espaço ao questionar o posicionamento individual e coletivo do estudante de Filosofia, pois não estamos no interior de mais um curso de formação técnica para o mercado, mas de uma disciplina de pensamento que pensa as demais e a si mesma. E essa indagação ganha maior relevância quando a Metodisney (vamos chamá-la assim toda vez que não formos levados a sério) resolveu se tornar mais uma Uni-mercado e o curso de Filosofia, como as demais licenciaturas, sofreram cortes na grade-curricular e adotou o ensino modular, ou seja, pacote: pague 1 e leve 2. (O ensino a distância é outra phiada que vamos tratar aqui futuramente).

De modo distinto ao discurso de nossa leitora, não acreditamos que esta deformação em Filosofia nos fará “a-políticos” ou “técnicos”, porque pensamos que o processo de politização é particular e não curricular e que para nos tornarmos “técnicos” em Filosofia teríamos que melhorar MUITO nossa formação.

E o curso de Filosofia até como “auto-prazer” ou “auto-realização” está deficitário por conta da estrutura modular em 3 anos. Pedagogos, coordenadores, diretores, reitores, professores, demagogos em geral, podem até defender uma ilusória “interdisciplinaridade”, mas sabemos que a formação em Filosofia é extensa e profunda, pois tratamos de um campo do pensamento que carrega consigo mais ou menos 25 séculos de existência, variadas correntes e inúmeros pensadores, não precisamos ser matemáticos para saber que a conta não fecha em 3 anos.

Desta forma, não podemos mais falar em formação filosófica, mas em deformação filosófica, já que vamos sair da graduação com um conteúdo deficitário. E isso é insuficiente tanto para lecionar quanto para se realizar pessoalmente. Mais do que uma lista de autores que conhecemos, vamos sair com uma lista de autores que não conhecemos.

Diante desse quadro que a cada dia se torna cada vez mais negro cabe a você caríssimo leitor, caríssima leitora, escrever seu próprio destino.
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Comentário da Juliana:

A crise do aparelho universitário brasileiro está em derrocada. Tanto nas universidades publicas e particulares tratam progressivamente de uma estrutura educacional subordinada aos objetivos econômicos para o crescimento do país.
As propagandas para formação superior estão cada vez mais em disputa por clientela que refletem o atendimento das necessidades das empresas capitalista (mão-de-obra especializada). Qual é a sua postura como estudantes de Filosofia? Um curso que nos ultimos anos traduz esse projeto tecnicista de mão-de-obra. Lembrando que o curso a distância, modular e a redução da carga horária representam uma era de formação "a-política" e tecnicista sim, estamos saindo técnicos em filosofia.
Talvez
esteja no curso por auto-prazer, sem compromisso com ensino de educação. Mas, quanto a você colega que pretende fazer parte da cátedra vitalícia de professores, desabotoe seu cérebro, experimente lutar pelo certo, por uma educação que emerge a consciência crítica.
Colega, você passou quatro anos ou três anos no curso para sair com a mente dizimada? Santo Zeus, o que aguardará os nossos futuros alunos, Filophiada?

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Filophiada

Este post irá inaugurar uma outra faceta deste blog: a satírica. Resolvemos adotar a tática do humor. Toda vez que a Metodisney não nos levar a sério, também não vamos levá-la a sério.
A phiada para o próximo semestre será o a disciplina de TCCII virtual. Consta no portal do aluno (aquele mesmo que nos deu a informação em primeira mão sobre nossas aulas no Capa – dias antes da coordenação nos informar oficialmente). Mas voltando ao portal do aluno...
Eis que lá consta TCCII virtual. Para o leitor que não conhece essa disciplina, expliquemos que esta é uma matéria de orientação para o Trabalho de Conclusão. Ao ver no portal a matéria como virtual, solicitamos esclarecimentos ao nosso coordenador que ao invés de nos responder, nos perguntou: “Qual o "devido esclarecimento" solicitado? Peço formulá-lo”.
Sem respostas, surgiu entre nós a dúvida: Como serão as orientações virtuais?
Será que vamos entrar em um laboratório de informática para participar de um chat com o orientador de pesquisa?
Será que vamos entrar no Orkut do Platão?
Será que vamos acessar o Twinter do Aristóteles e do Hegel?
Será que vamos ver pelo Youtube o namoro de Hannah Arendt e Heidegger?
Será que vamos olhar pelo Facebook fotos de Sartre e Simone de Beauvoir?
Será que vamos trocar emails com Hume ou Voltaire?
Será que vamos aprender como acessar o Google acadêmico?
Será que vamos baixar anti-vírus contra sofistas?
Será que vamos nessas aulas aprender a fazer um blog para rivalizar com este aqui?

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Cursos de Línguas Instrumentais

Caros colegas,
Como todos sabemos, temos um curso de filosofia deficitário em relação à línguas instrumentais. Então o C.A resolveu montar três turmas de línguas - inglês, francês e grego. Sabemos que essa atitude deveria partir da própria faculdade, mas enquanto ela não nos ajuda, decidimos por a mão na massa e fazermos por nós mesmos.
Então, através do blog venho comunicar os cursos que conseguimos disponibilizar para esse próximo semestre...
  • As aulas de inglês instrumental serão de quarta e sexta, das 18:00 às 19:00hrs, de agosto a novembro. O aluno Eduardo Bento, do 1ano se dispôs a dar estas aulas. *
  • As aulas de francês instrumental serão de terça e quinta, das 18:00 às 19:00hrs, de agosto a novembro. O aluno Reginaldo, do 2o ano se dispôs a dar estas aulas. **
O módulo de 4 meses custará R$ 50,00 cada, pode-se parcelar em até duas vezes no cheque (isso significa que a hora/aula custará para vcs R$ 1,57).
  • Quanto ao curso de grego clássico, sabemos que é imprescindível para alunos de filosofia, então conseguimos a Alessandra Carbonero, bacharel em Direito, graduanda em Filosofia pela FFLCH-USP, mestre e doutoranda em Filosofia da Educação pela FE-USP, pesquisando temas ligados à paidéia antiga. As aulas serão aos sábados, horário à combinar ainda, o valor cobrado será de R$ 1600,00 dividido entre os alunos, então quanto mais alunos envolvidos o custo diminuirá gradativamente (aqui está se cobrando R$ 50,00 hora/aula). Estava fazendo os cálculos, se conseguirmos 16 alunos o módulo de 4 meses custará para cada R$ 100,00, ou seja, R$ 3,13 hora/aula. Neste, aceitaremos parcelas de até 3 vezes de R$ 35,00 no cheque para os interessados. (Podemos divulgar esta aula para os outros cursos, como o de teologia, assim diminuirá os valores.)
-As aulas começarão já na primeira semana de aula.
-Os três módulos possuem materiais didáticos que serão passados para os alunos inscritos.
-O número mínimo de inscritos será de três alunos, se não houver esse mínimo as aulas serão canceladas.
-Os interessados em um ou todos os módulos, por favor, entrem em contato comigo, no e-mail belacatri@yahoo.com.br para inscrevê-los e irmos nos organizando...

* O Eduardo já foi professor de inglês, porém não instrumental e passará as férias estudando para ministrar as aulas para nós.
** O Reginaldo quer deixar claro que não é um expert na língua, mas acredita sim, que pode contribuir e muito para os colegas interessados.

Obs: Quanto aos valores, bem, como já tivemos essas aulas e o número de desistência foi alto, resolvemos cobrar para além de valorizar os professores, as desistências tenderão a diminuir e as aulas conseguirão seguir em um ritmo bom para todos interessados.

Qualquer dúvida e sugestão serão bem vindas...

Agradeço a atenção de todos, e aguardo o máximo possível de respostas rsrs
Abraços, Catrina

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Um blog não é feito apenas por seus autores, mas principalmente por seus leitores

Nosso blog já começa a cumprir o papel de fórum de debate. Segue abaixo o interessante texto mandado pelo nosso amigo William do 4º ano.

"Quem tem participado de forma constante dos debates no curso de Filosofia sabe que a POSTURA DIALOGAL é meramente FORMAL, pois somos convidados para discutir o que já está decidido".
De fato não sei quanto aos outros alunos, mas o que sinto, atentando aos comentários daqueles que lutam para dar ao conjunto dos discentes alguma participação nas decisões referentes ao curso de filosofia, é que tudo não passa de um jogo de cartas marcadas. Penso que as reivindicações atendidas são as reivindicações possíveis e toleráveis, nada mais que isso.
Infelizmente acho que nosso coordenador procurou passar, por meio do citado e-mail, a imagem de que tudo está muito certo, de que, após um diálogo entre a universidade e os alunos, o que se seguiu foi o fruto da convenção entre as partes envolvidas. Não sei se foi isso que ele quis passar, mas foi isso que entendi.
Não gostaríamos de sair do Beta, não gostaríamos de ter nosso curso cada vez mais mal visto entre os alunos da Metodista ou de outras universidades. As causas para tanto são profundas, bem sabemos. Vão além da simples decisão arbitrária de um grupo na cúpula universitária. As causas ultrapassam os muros da universidade. O fato de nosso curso ter se tornado, informalmente, mera repetição de manuais de filosofia para salas apáticas e sonolentas, com o único intuito de apresentar eficiência na aprovação de "professores para o mercado", com rapidez e no menor tempo possível, tornou-se sua marca registrada. A Metodista encontrou seus "adversários": são as "UNI", são as fábricas de diploma que, aos montes, disfarçam-se de instituições sérias, preocupadas com a educação de pessoas que podem ter um acesso mais democrático ao ensino superior, porém, e mais uma vez, um ensino que remete apenas ao possível e tolerável, nada mais que isso. Sob tal contexto, o fato de termos sido expulsos do Beta deixa de ser uma coisa boba, um fato sem grande importância ou causa de uma reivindicação infantil, mas passa a ser apenas o aspecto mais imediato de uma estrutura nefasta. Reivindicar um simples espaço é, nesse momento, reivindicarmos o direito a algo mais que o possível ou tolerável a um grupo que não está nem aí para indivíduos que, para ele, não se encontram na condição de humanos, mas sim de peças no seu jogo sujo.
O que direi aos que me questionarem após esses quase quatro anos de curso, mesmo que isso me custe muito, é que não recomendo a Metodista como instituição de ensino séria, não recomendo o curso de filosofia, a não ser para aqueles que não se importem em fazer parte deste jogo sujo. O que me entristece é que não faltarão candidatos para tal. Palmas para os responsáveis por tudo isso... O devemos fazer agora é correr atrás do prejuízo, seja ele qual for para cada um de nós. O fato é que ele existe, de um jeito ou de outro!

A Luta CONTINUA

Companheiros de Curso,

A resposta do 14/07/09 dada pelo coordenador de curso vem a ressaltar a importância da mobilização dos alunos e a publicidade gerada por este blog. Na semana passada, o CA enviou um email ao coordenador solicitando o posicionamento da direção da faculdade referente ao nosso espaço. Eis a resposta do coordenador datada 08/07/09:

Caros colegas da Comissão,

No momento o prof. Claudio está ausente, ainda que acompanhando por e-mail nossas atividades.

Poderemos divulgar em breve o resultado da nossa negociação com as instâncias superiores, crendo que chegaremos a um resultado satisfatório.

Mandarei informações assim que as tiver concretizadas.

Um abraço,

Daniel

Até esse dia 14 nenhuma resposta havia sido dada, embora o Portal do Aluno já trouxesse as respostas que tanto coordenação, quanto direção haviam se comprometido a dar. Acreditamos que as informações vieram agora a público depois que manifestamos publicamente nosso descontentamento com a instituição e seus respectivos funcionários.

O blog começa a cumprir sua função de ser uma ferramenta em defesa dos alunos, e a adesão dos alunos a ele por meio de comentários e da comunidade só fará nossas reivindicações ganharem força.

Como bons alunos de Filosofia, aprendemos logo de início que para os fatos várias interpretações são possíveis. Por isso, vamos lançar aqui algumas informações para reflexão, debate e polêmicas. A interpretação cabe a você leitor.

Na reunião do final de semestre, o coordenador apresentou a mudança como “possibilidade”. Na reunião da comissão com o diretor, o que era “possibilidade”, já era tratada nesse encontro como “realidade”.

A formação da comissão se deu de forma legítima e negociada (com direito a muita polêmica como é característica dos alunos de Filosofia). Essa comissão foi à reunião e porventura outros alunos que ali estavam resolveram participar da discussão de forma adequada e respeitosa. Como o próprio diretor Claudio disse por email: “Aproveito para agradecer ao grupo pela forma com que temos tido as conversas sobre as demandas do curso”. Em suma, a representação estudantil estava legitimada, haja vista que a comissão era representativa e não deliberativa. Portanto, não cabe ao coordenador questionar algo que não é de sua instância: “(participaram também outros alunos que não eram da comissão)”.

De fato, como bem esperávamos, foram duas as propostas da instituição:

  1. transferência as turmas do Curso de Filosofia para o prédio do Colégio Metodista, de modo que as turmas permanecessem juntas; ou
  2. manter 2 turmas no Ed. Beta, e outras 2 turmas em um outro prédio no campus Rudge Ramos.

A frase da coordenação (“A reação dos alunos participantes da comissão foi de insatisfação com as duas opções”) não condiz com a realidade. A comissão não teve uma “reação de insatisfação”. Ela apenas recusou e rechaçou ambas as propostas pois, como bem sabemos, cabia a comissão apresentar os três itens:

  1. A recusa dos alunos na transferência do curso para o prédio do colégio;
  2. A recusa dos alunos da divisão de salas;
  3. O interesse dos alunos na manutenção do curso no prédio Beta

Discordamos do discurso do coordenador de que fomos atendidos PLENAMENTE, pois bem sabemos que nosso interesse maior era nos MANTERMOS no edifício Beta. A unidade do curso, ou seja, a não divisão das salas, foi a exigência mínima que a instituição cumpriu conosco.

Outro ponto polêmico que foi dito pelo diretor na reunião é de estaríamos com permanência garantida futuramente apenas no edifício Beta ou no Colégio, pois é prática da instituição fazer remanejamentos todos os semestres. Ou seja, estamos juntos no Capa neste semestre, o que não significa que estaremos juntos nos próximos semestres. A ida para o Capa pode significar que vamos entrar no ano que vem na ciranda das salas. Não cantemos vitória antes do tempo. Por isso, surgiu na reunião da comissão com a direção a possibilidade de uma 3ª sala no Beta. E lá ficariam as salas do 1º, 2º e 3º, haja vista que o curso terá futuramente só 3 anos. Esta seria uma forma de manter a unidade do curso no futuro próximo. Nada nos garante, segundo o discurso do diretor, que no próximo estaremos no Capa, pois como ele ressaltou, apenas o Beta e o Colégio não sofrerão mudanças futuras.

Portanto, devemos relativizar termos como ATENDER PLENAMENTE, EMPENHO e POSTURA DIALOGAL, pois embora sejam escritos em letras garrafais, sabemos que não fomos atendidos PLENAMENTE e sim DESPEJADOS plenamente. O EMPENHO do diretor nos garante apenas um semestre juntos, a não ser que ele se comprometa publicamente em garantir permanência PERMANENTE no Capa. Quem tem participado de forma constante dos debates no curso de Filosofia sabe que a POSTURA DIALOGAL é meramente FORMAL, pois somos convidados para discutir o que já está decidido. Não é de hoje que a decisão de nos DESALOJAR do Beta, da mesma forma que a discussão foi bastante restrita aos pressupostos institucionais permitindo pouca margem de negociação para os alunos. Diferente do que o coordenador disse no email encaminhado ao CA (“Entendo que com este resultado conseguimos atender integralmente a solicitação da comissão, podendo neste momento dar por encerrado o assunto”), entendemos que não podemos “dar o assunto por encerrado” pois ele não está.

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Segue abaixo o e-mail da coordenação:


Caros alunos, caras alunas,

No final do semestre passado, convidei todos os interessados a discutir a mudança de espaço físico que se anunciava para nosso Curso. Naquela ocasião, apresentava-se como possibilidade a necessidade do Curso de Filosofia deixar de funcionar no Ed. Beta, que passaria a comportar uma estrutura administrativa da Universidade. Ainda naquela ocasião, formou-se uma comissão de alunos dispostos a dialogar sobre o assunto, envolvendo a Direção da Faculdade neste diálogo.

Ainda às vésperas das férias realizou-se a reunião entre a comissão de alunos (participaram também outros alunos que não eram da comissão), eu e o prof. Claudio, diretor da Faculdade. As opções existentes naquele momento eram: (1) transferirmos as turmas do Curso de Filosofia para o prédio do Colégio Metodista, de modo que as turmas permanecessem juntas; ou (2) mantermos 2 turmas no Ed. Beta, e outras 2 turmas em um outro prédio no campus Rudge Ramos. A reação dos alunos participantes da comissão foi de insatisfação com as duas opções, de modo que solicitaram manter as 4 turmas juntas em um mesmo prédio dentro do Campus Rudge Ramos (este prédio não poderia ser o Colégio Metodista, conforme solicitação da comissão).

Face a esta solicitação dos alunos, o prof. Claudio dialogou intensamente com a Pró-Reitoria responsável pela organização do espaço físico na Universidade, conseguindo ATENDER PLENAMENTE o solicitado: as 4 turmas permanecerão, neste segundo semestre, em um mesmo prédio, no Campus Rudge Ramos. Até o presente momento, temos a indicação de que utilizaremos as instalações do Ed. Capa, o que será confirmado definitivamente antes do início das aulas.

Gostaria de agradecer o prof. Claudio, nosso diretor, por seu EMPENHO em atender às solicitações da nossa comunidade acadêmica. Gostaria, ainda, de agradecer a POSTURA DIALOGAL dos alunos envolvidos na comissão, o que, acredito, foi imprescindível para que pudéssemos chegar a este bom resultado.

Deixo um abraço a todos, desejo um bom final de férias. Até breve!

Daniel Pansarelli


domingo, 12 de julho de 2009

Fim da Farsa

No dia 29/06/09, uma comissão de alunos tirada na reunião dos próprios na semana anterior participou de uma reunião com o coordenador de curso e com o diretor da faculdade. A comissão foi formada para levar as três reivindicações dos alunos:

1. A recusa dos alunos na transferência do curso para o prédio do colégio;
2. A recusa dos alunos da divisão de salas;
3. O interesse dos alunos na manutenção do curso no prédio Beta.

Nessa, reunião o diretor se colocou como um democrata, mas reconheceu que a universidade não é e que ele tinha poucos poderes. Durante os vários discursos, o diretor recebeu sem nenhuma objeção nossa recusa pelo prédio do colégio, porém titubeava quando o assunto era o da não divisão de salas e da manutenção do curso no prédio Beta. Muitos dos alunos que participaram tiveram a sensação de que tudo estava decidido e aquilo era apenas jogo de cena.
Durante a reunião ainda levantou-se a possibilidade de manter 3 salas no Beta, haja vista que futuramente o curso terá apenas 3 anos. Essa proposta foi uma forma de manter (de forma negociada) a unidade do curso (mesmo que futura) e a permanência no Beta.
Pois bem, no dia 02/07/09, o diretor e o coordenador receberam oficialmente por escrito um email em que as 3 pautas defendidas pela comissão na reunião.

Resposta do diretor dada no mesmo dia: “Estamos fazendo um grande empenho para que tenhamos uma boa organização das salas, dentro do espírito da conversa que tivemos”.

Resposta do coordenador dada no mesmo dia: “Acusamos o recebimento da carta. Daremos um retorno o mais breve possível”.

Depois dessas confirmações de recebimento, nenhuma posição foi dada nem pela coordenação, tampouco pela direção.
Eis que, para usar um termo do coordenador, acusamos ao passar pelo Beta que as salas já estão sendo modificadas, as cadeiras foram retiradas bem como os quadros foram retirados das paredes.
Diante disso, mandamos um email e segue a resposta do coordenador datada do dia 08/07/09:
“No momento o prof. Claudio está ausente, ainda que acompanhando por e-mail nossas atividades.
Poderemos divulgar em breve o resultado da nossa negociação com as instâncias superiores, crendo que chegaremos a um resultado satisfatório.
Mandarei informações assim que as tiver concretizadas”.

Embora a resposta ainda não tenha vindo por parte do diretor, tampouco do coordenador (cabe a eles explicarem as razões), podemos encontrar a resposta no Portal do Aluno no link Horário de Aula. Lá já está informando que a sala do 3º e 4º estarão no edifício Capa. O 1º e 2º ainda é uma incógnita.


O Blog do CA nasce como ferramenta de mobilização e ação direta dos alunos. Ele será um fórum permanente de debate do público em defesa dos alunos e da qualidade de ensino no curso de filosofia.