quinta-feira, 30 de julho de 2009

O assunto não está encerrado!

Sócrates e Platão ficam pensando numa possibilidade que seja melhor do que estudar na babilônia do Ed. Capa...

Sócrates: Hei Platão, você ta sabendo?
Platão:- Sabendo o que?
Sócrates: Sabe que fomos ATENDIDOS PLENAMENTE!?
Platão: Não. Não to sabendo.
Sócrates: Quer dizer que iremos permanecer no Ed Beta!
Platão: Não! Ao contrário. A coordenação enviou um email e disse que fomos ATENDIDOS PLENAMENTE e que o assunto está ENCERRADO. Na verdade, você sabe o que aconteceu? Fomos EXPULSOS PLENAMENTE!!!
Sócrates: Por Zeus! Como assim?
Platão: Iremos estudar no Ed. Capa. Só este semestre. Eu acho.
Sócrates: Como assim?
Platão: Já sei! É melhor fazermos um teto e estudarmos debaixo da árvore! Assim, poderemos filosofar. Aliás, creio que a culpa de tudo isso seja desses sofistas que andam convencendo o povo por aí!
Sócrates: Crês mesmo que seja culpa dos sofistas?
Platão: Mas claro! São eles que gostam de ficar falando, posando de bons moços pros alunos da academia.
Sócrates: Será que estes sofistas tem poder suficiente pra tudo isso?
Platão: Mas claro Sócrates! Lembra-se do ano passado? Os estudantes iam fazer um protesto contra a agressão que sofreram dos capangas do PT na Universidade e estes sofistões melaram tudo...
Sócrates: Sim, lembro perfeitamente Platão.
Platão: Então....o assunto da EXPULSÃO PLENA não se dá por ENCERRADO.
Sócrates: Evidente que não!
Platão: Eis por que é necessário o movimento.

sábado, 25 de julho de 2009

Nossos Leitores

Nossos leitores têm elevado bastante o debate neste espaço. Além do texto do nosso amigo William que foi republicado logo abaixo, recebemos um interessante comentário da nossa companheira de curso Juliana Fagundes.

Neste comentário, Juliana fala da “crise do aparelho universitário brasileiro” e sua “derrocada”. Quando tratamos destes assuntos, precisamos pensar na função social e na lógica que as universidades (principalmente as privadas) adquiriram recentemente.

Hoje as Unis disputam alunos no mercado da mesma forma que as redes de supermercado disputam consumidores. Podemos ler desde slogans de propaganda: “Quem escolhe o mercado, escolhe Metodista” ou até uma outra Uni que oferece um telefone celular para o calouro.

O ensino universitário no chamado mundo contemporâneo adquiriu as feições de mera formação técnica ou específica para o mercado ou o mundo do trabalho. A formação educacional, cultural e universal de extensão do conhecimento que faz parte da tradição universitária ficou para segundo plano, o que importa agora é o diploma na mão ao melhor custo-benefício.

Por meio desta lógica podemos entender quando nossa leitora fala da “estrutura educacional subordinada aos objetivos econômicos para o crescimento do país”. É claro que o país precisa de um maior contingente de mão-de-obra qualificada para seu desenvolvimento econômico, porém apenas isso não basta, o desenvolvimento cultural no seu conjunto também se faz necessário e isso também é função da universidade.

Dentro deste contexto, nossa leitora pergunta: “Qual é a sua postura como estudante de Filosofia?” Essa indagação vem ao encontro do espírito deste espaço ao questionar o posicionamento individual e coletivo do estudante de Filosofia, pois não estamos no interior de mais um curso de formação técnica para o mercado, mas de uma disciplina de pensamento que pensa as demais e a si mesma. E essa indagação ganha maior relevância quando a Metodisney (vamos chamá-la assim toda vez que não formos levados a sério) resolveu se tornar mais uma Uni-mercado e o curso de Filosofia, como as demais licenciaturas, sofreram cortes na grade-curricular e adotou o ensino modular, ou seja, pacote: pague 1 e leve 2. (O ensino a distância é outra phiada que vamos tratar aqui futuramente).

De modo distinto ao discurso de nossa leitora, não acreditamos que esta deformação em Filosofia nos fará “a-políticos” ou “técnicos”, porque pensamos que o processo de politização é particular e não curricular e que para nos tornarmos “técnicos” em Filosofia teríamos que melhorar MUITO nossa formação.

E o curso de Filosofia até como “auto-prazer” ou “auto-realização” está deficitário por conta da estrutura modular em 3 anos. Pedagogos, coordenadores, diretores, reitores, professores, demagogos em geral, podem até defender uma ilusória “interdisciplinaridade”, mas sabemos que a formação em Filosofia é extensa e profunda, pois tratamos de um campo do pensamento que carrega consigo mais ou menos 25 séculos de existência, variadas correntes e inúmeros pensadores, não precisamos ser matemáticos para saber que a conta não fecha em 3 anos.

Desta forma, não podemos mais falar em formação filosófica, mas em deformação filosófica, já que vamos sair da graduação com um conteúdo deficitário. E isso é insuficiente tanto para lecionar quanto para se realizar pessoalmente. Mais do que uma lista de autores que conhecemos, vamos sair com uma lista de autores que não conhecemos.

Diante desse quadro que a cada dia se torna cada vez mais negro cabe a você caríssimo leitor, caríssima leitora, escrever seu próprio destino.
__________________
Comentário da Juliana:

A crise do aparelho universitário brasileiro está em derrocada. Tanto nas universidades publicas e particulares tratam progressivamente de uma estrutura educacional subordinada aos objetivos econômicos para o crescimento do país.
As propagandas para formação superior estão cada vez mais em disputa por clientela que refletem o atendimento das necessidades das empresas capitalista (mão-de-obra especializada). Qual é a sua postura como estudantes de Filosofia? Um curso que nos ultimos anos traduz esse projeto tecnicista de mão-de-obra. Lembrando que o curso a distância, modular e a redução da carga horária representam uma era de formação "a-política" e tecnicista sim, estamos saindo técnicos em filosofia.
Talvez
esteja no curso por auto-prazer, sem compromisso com ensino de educação. Mas, quanto a você colega que pretende fazer parte da cátedra vitalícia de professores, desabotoe seu cérebro, experimente lutar pelo certo, por uma educação que emerge a consciência crítica.
Colega, você passou quatro anos ou três anos no curso para sair com a mente dizimada? Santo Zeus, o que aguardará os nossos futuros alunos, Filophiada?

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Filophiada

Este post irá inaugurar uma outra faceta deste blog: a satírica. Resolvemos adotar a tática do humor. Toda vez que a Metodisney não nos levar a sério, também não vamos levá-la a sério.
A phiada para o próximo semestre será o a disciplina de TCCII virtual. Consta no portal do aluno (aquele mesmo que nos deu a informação em primeira mão sobre nossas aulas no Capa – dias antes da coordenação nos informar oficialmente). Mas voltando ao portal do aluno...
Eis que lá consta TCCII virtual. Para o leitor que não conhece essa disciplina, expliquemos que esta é uma matéria de orientação para o Trabalho de Conclusão. Ao ver no portal a matéria como virtual, solicitamos esclarecimentos ao nosso coordenador que ao invés de nos responder, nos perguntou: “Qual o "devido esclarecimento" solicitado? Peço formulá-lo”.
Sem respostas, surgiu entre nós a dúvida: Como serão as orientações virtuais?
Será que vamos entrar em um laboratório de informática para participar de um chat com o orientador de pesquisa?
Será que vamos entrar no Orkut do Platão?
Será que vamos acessar o Twinter do Aristóteles e do Hegel?
Será que vamos ver pelo Youtube o namoro de Hannah Arendt e Heidegger?
Será que vamos olhar pelo Facebook fotos de Sartre e Simone de Beauvoir?
Será que vamos trocar emails com Hume ou Voltaire?
Será que vamos aprender como acessar o Google acadêmico?
Será que vamos baixar anti-vírus contra sofistas?
Será que vamos nessas aulas aprender a fazer um blog para rivalizar com este aqui?

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Cursos de Línguas Instrumentais

Caros colegas,
Como todos sabemos, temos um curso de filosofia deficitário em relação à línguas instrumentais. Então o C.A resolveu montar três turmas de línguas - inglês, francês e grego. Sabemos que essa atitude deveria partir da própria faculdade, mas enquanto ela não nos ajuda, decidimos por a mão na massa e fazermos por nós mesmos.
Então, através do blog venho comunicar os cursos que conseguimos disponibilizar para esse próximo semestre...
  • As aulas de inglês instrumental serão de quarta e sexta, das 18:00 às 19:00hrs, de agosto a novembro. O aluno Eduardo Bento, do 1ano se dispôs a dar estas aulas. *
  • As aulas de francês instrumental serão de terça e quinta, das 18:00 às 19:00hrs, de agosto a novembro. O aluno Reginaldo, do 2o ano se dispôs a dar estas aulas. **
O módulo de 4 meses custará R$ 50,00 cada, pode-se parcelar em até duas vezes no cheque (isso significa que a hora/aula custará para vcs R$ 1,57).
  • Quanto ao curso de grego clássico, sabemos que é imprescindível para alunos de filosofia, então conseguimos a Alessandra Carbonero, bacharel em Direito, graduanda em Filosofia pela FFLCH-USP, mestre e doutoranda em Filosofia da Educação pela FE-USP, pesquisando temas ligados à paidéia antiga. As aulas serão aos sábados, horário à combinar ainda, o valor cobrado será de R$ 1600,00 dividido entre os alunos, então quanto mais alunos envolvidos o custo diminuirá gradativamente (aqui está se cobrando R$ 50,00 hora/aula). Estava fazendo os cálculos, se conseguirmos 16 alunos o módulo de 4 meses custará para cada R$ 100,00, ou seja, R$ 3,13 hora/aula. Neste, aceitaremos parcelas de até 3 vezes de R$ 35,00 no cheque para os interessados. (Podemos divulgar esta aula para os outros cursos, como o de teologia, assim diminuirá os valores.)
-As aulas começarão já na primeira semana de aula.
-Os três módulos possuem materiais didáticos que serão passados para os alunos inscritos.
-O número mínimo de inscritos será de três alunos, se não houver esse mínimo as aulas serão canceladas.
-Os interessados em um ou todos os módulos, por favor, entrem em contato comigo, no e-mail belacatri@yahoo.com.br para inscrevê-los e irmos nos organizando...

* O Eduardo já foi professor de inglês, porém não instrumental e passará as férias estudando para ministrar as aulas para nós.
** O Reginaldo quer deixar claro que não é um expert na língua, mas acredita sim, que pode contribuir e muito para os colegas interessados.

Obs: Quanto aos valores, bem, como já tivemos essas aulas e o número de desistência foi alto, resolvemos cobrar para além de valorizar os professores, as desistências tenderão a diminuir e as aulas conseguirão seguir em um ritmo bom para todos interessados.

Qualquer dúvida e sugestão serão bem vindas...

Agradeço a atenção de todos, e aguardo o máximo possível de respostas rsrs
Abraços, Catrina

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Um blog não é feito apenas por seus autores, mas principalmente por seus leitores

Nosso blog já começa a cumprir o papel de fórum de debate. Segue abaixo o interessante texto mandado pelo nosso amigo William do 4º ano.

"Quem tem participado de forma constante dos debates no curso de Filosofia sabe que a POSTURA DIALOGAL é meramente FORMAL, pois somos convidados para discutir o que já está decidido".
De fato não sei quanto aos outros alunos, mas o que sinto, atentando aos comentários daqueles que lutam para dar ao conjunto dos discentes alguma participação nas decisões referentes ao curso de filosofia, é que tudo não passa de um jogo de cartas marcadas. Penso que as reivindicações atendidas são as reivindicações possíveis e toleráveis, nada mais que isso.
Infelizmente acho que nosso coordenador procurou passar, por meio do citado e-mail, a imagem de que tudo está muito certo, de que, após um diálogo entre a universidade e os alunos, o que se seguiu foi o fruto da convenção entre as partes envolvidas. Não sei se foi isso que ele quis passar, mas foi isso que entendi.
Não gostaríamos de sair do Beta, não gostaríamos de ter nosso curso cada vez mais mal visto entre os alunos da Metodista ou de outras universidades. As causas para tanto são profundas, bem sabemos. Vão além da simples decisão arbitrária de um grupo na cúpula universitária. As causas ultrapassam os muros da universidade. O fato de nosso curso ter se tornado, informalmente, mera repetição de manuais de filosofia para salas apáticas e sonolentas, com o único intuito de apresentar eficiência na aprovação de "professores para o mercado", com rapidez e no menor tempo possível, tornou-se sua marca registrada. A Metodista encontrou seus "adversários": são as "UNI", são as fábricas de diploma que, aos montes, disfarçam-se de instituições sérias, preocupadas com a educação de pessoas que podem ter um acesso mais democrático ao ensino superior, porém, e mais uma vez, um ensino que remete apenas ao possível e tolerável, nada mais que isso. Sob tal contexto, o fato de termos sido expulsos do Beta deixa de ser uma coisa boba, um fato sem grande importância ou causa de uma reivindicação infantil, mas passa a ser apenas o aspecto mais imediato de uma estrutura nefasta. Reivindicar um simples espaço é, nesse momento, reivindicarmos o direito a algo mais que o possível ou tolerável a um grupo que não está nem aí para indivíduos que, para ele, não se encontram na condição de humanos, mas sim de peças no seu jogo sujo.
O que direi aos que me questionarem após esses quase quatro anos de curso, mesmo que isso me custe muito, é que não recomendo a Metodista como instituição de ensino séria, não recomendo o curso de filosofia, a não ser para aqueles que não se importem em fazer parte deste jogo sujo. O que me entristece é que não faltarão candidatos para tal. Palmas para os responsáveis por tudo isso... O devemos fazer agora é correr atrás do prejuízo, seja ele qual for para cada um de nós. O fato é que ele existe, de um jeito ou de outro!

A Luta CONTINUA

Companheiros de Curso,

A resposta do 14/07/09 dada pelo coordenador de curso vem a ressaltar a importância da mobilização dos alunos e a publicidade gerada por este blog. Na semana passada, o CA enviou um email ao coordenador solicitando o posicionamento da direção da faculdade referente ao nosso espaço. Eis a resposta do coordenador datada 08/07/09:

Caros colegas da Comissão,

No momento o prof. Claudio está ausente, ainda que acompanhando por e-mail nossas atividades.

Poderemos divulgar em breve o resultado da nossa negociação com as instâncias superiores, crendo que chegaremos a um resultado satisfatório.

Mandarei informações assim que as tiver concretizadas.

Um abraço,

Daniel

Até esse dia 14 nenhuma resposta havia sido dada, embora o Portal do Aluno já trouxesse as respostas que tanto coordenação, quanto direção haviam se comprometido a dar. Acreditamos que as informações vieram agora a público depois que manifestamos publicamente nosso descontentamento com a instituição e seus respectivos funcionários.

O blog começa a cumprir sua função de ser uma ferramenta em defesa dos alunos, e a adesão dos alunos a ele por meio de comentários e da comunidade só fará nossas reivindicações ganharem força.

Como bons alunos de Filosofia, aprendemos logo de início que para os fatos várias interpretações são possíveis. Por isso, vamos lançar aqui algumas informações para reflexão, debate e polêmicas. A interpretação cabe a você leitor.

Na reunião do final de semestre, o coordenador apresentou a mudança como “possibilidade”. Na reunião da comissão com o diretor, o que era “possibilidade”, já era tratada nesse encontro como “realidade”.

A formação da comissão se deu de forma legítima e negociada (com direito a muita polêmica como é característica dos alunos de Filosofia). Essa comissão foi à reunião e porventura outros alunos que ali estavam resolveram participar da discussão de forma adequada e respeitosa. Como o próprio diretor Claudio disse por email: “Aproveito para agradecer ao grupo pela forma com que temos tido as conversas sobre as demandas do curso”. Em suma, a representação estudantil estava legitimada, haja vista que a comissão era representativa e não deliberativa. Portanto, não cabe ao coordenador questionar algo que não é de sua instância: “(participaram também outros alunos que não eram da comissão)”.

De fato, como bem esperávamos, foram duas as propostas da instituição:

  1. transferência as turmas do Curso de Filosofia para o prédio do Colégio Metodista, de modo que as turmas permanecessem juntas; ou
  2. manter 2 turmas no Ed. Beta, e outras 2 turmas em um outro prédio no campus Rudge Ramos.

A frase da coordenação (“A reação dos alunos participantes da comissão foi de insatisfação com as duas opções”) não condiz com a realidade. A comissão não teve uma “reação de insatisfação”. Ela apenas recusou e rechaçou ambas as propostas pois, como bem sabemos, cabia a comissão apresentar os três itens:

  1. A recusa dos alunos na transferência do curso para o prédio do colégio;
  2. A recusa dos alunos da divisão de salas;
  3. O interesse dos alunos na manutenção do curso no prédio Beta

Discordamos do discurso do coordenador de que fomos atendidos PLENAMENTE, pois bem sabemos que nosso interesse maior era nos MANTERMOS no edifício Beta. A unidade do curso, ou seja, a não divisão das salas, foi a exigência mínima que a instituição cumpriu conosco.

Outro ponto polêmico que foi dito pelo diretor na reunião é de estaríamos com permanência garantida futuramente apenas no edifício Beta ou no Colégio, pois é prática da instituição fazer remanejamentos todos os semestres. Ou seja, estamos juntos no Capa neste semestre, o que não significa que estaremos juntos nos próximos semestres. A ida para o Capa pode significar que vamos entrar no ano que vem na ciranda das salas. Não cantemos vitória antes do tempo. Por isso, surgiu na reunião da comissão com a direção a possibilidade de uma 3ª sala no Beta. E lá ficariam as salas do 1º, 2º e 3º, haja vista que o curso terá futuramente só 3 anos. Esta seria uma forma de manter a unidade do curso no futuro próximo. Nada nos garante, segundo o discurso do diretor, que no próximo estaremos no Capa, pois como ele ressaltou, apenas o Beta e o Colégio não sofrerão mudanças futuras.

Portanto, devemos relativizar termos como ATENDER PLENAMENTE, EMPENHO e POSTURA DIALOGAL, pois embora sejam escritos em letras garrafais, sabemos que não fomos atendidos PLENAMENTE e sim DESPEJADOS plenamente. O EMPENHO do diretor nos garante apenas um semestre juntos, a não ser que ele se comprometa publicamente em garantir permanência PERMANENTE no Capa. Quem tem participado de forma constante dos debates no curso de Filosofia sabe que a POSTURA DIALOGAL é meramente FORMAL, pois somos convidados para discutir o que já está decidido. Não é de hoje que a decisão de nos DESALOJAR do Beta, da mesma forma que a discussão foi bastante restrita aos pressupostos institucionais permitindo pouca margem de negociação para os alunos. Diferente do que o coordenador disse no email encaminhado ao CA (“Entendo que com este resultado conseguimos atender integralmente a solicitação da comissão, podendo neste momento dar por encerrado o assunto”), entendemos que não podemos “dar o assunto por encerrado” pois ele não está.

_________________________

Segue abaixo o e-mail da coordenação:


Caros alunos, caras alunas,

No final do semestre passado, convidei todos os interessados a discutir a mudança de espaço físico que se anunciava para nosso Curso. Naquela ocasião, apresentava-se como possibilidade a necessidade do Curso de Filosofia deixar de funcionar no Ed. Beta, que passaria a comportar uma estrutura administrativa da Universidade. Ainda naquela ocasião, formou-se uma comissão de alunos dispostos a dialogar sobre o assunto, envolvendo a Direção da Faculdade neste diálogo.

Ainda às vésperas das férias realizou-se a reunião entre a comissão de alunos (participaram também outros alunos que não eram da comissão), eu e o prof. Claudio, diretor da Faculdade. As opções existentes naquele momento eram: (1) transferirmos as turmas do Curso de Filosofia para o prédio do Colégio Metodista, de modo que as turmas permanecessem juntas; ou (2) mantermos 2 turmas no Ed. Beta, e outras 2 turmas em um outro prédio no campus Rudge Ramos. A reação dos alunos participantes da comissão foi de insatisfação com as duas opções, de modo que solicitaram manter as 4 turmas juntas em um mesmo prédio dentro do Campus Rudge Ramos (este prédio não poderia ser o Colégio Metodista, conforme solicitação da comissão).

Face a esta solicitação dos alunos, o prof. Claudio dialogou intensamente com a Pró-Reitoria responsável pela organização do espaço físico na Universidade, conseguindo ATENDER PLENAMENTE o solicitado: as 4 turmas permanecerão, neste segundo semestre, em um mesmo prédio, no Campus Rudge Ramos. Até o presente momento, temos a indicação de que utilizaremos as instalações do Ed. Capa, o que será confirmado definitivamente antes do início das aulas.

Gostaria de agradecer o prof. Claudio, nosso diretor, por seu EMPENHO em atender às solicitações da nossa comunidade acadêmica. Gostaria, ainda, de agradecer a POSTURA DIALOGAL dos alunos envolvidos na comissão, o que, acredito, foi imprescindível para que pudéssemos chegar a este bom resultado.

Deixo um abraço a todos, desejo um bom final de férias. Até breve!

Daniel Pansarelli


domingo, 12 de julho de 2009

Fim da Farsa

No dia 29/06/09, uma comissão de alunos tirada na reunião dos próprios na semana anterior participou de uma reunião com o coordenador de curso e com o diretor da faculdade. A comissão foi formada para levar as três reivindicações dos alunos:

1. A recusa dos alunos na transferência do curso para o prédio do colégio;
2. A recusa dos alunos da divisão de salas;
3. O interesse dos alunos na manutenção do curso no prédio Beta.

Nessa, reunião o diretor se colocou como um democrata, mas reconheceu que a universidade não é e que ele tinha poucos poderes. Durante os vários discursos, o diretor recebeu sem nenhuma objeção nossa recusa pelo prédio do colégio, porém titubeava quando o assunto era o da não divisão de salas e da manutenção do curso no prédio Beta. Muitos dos alunos que participaram tiveram a sensação de que tudo estava decidido e aquilo era apenas jogo de cena.
Durante a reunião ainda levantou-se a possibilidade de manter 3 salas no Beta, haja vista que futuramente o curso terá apenas 3 anos. Essa proposta foi uma forma de manter (de forma negociada) a unidade do curso (mesmo que futura) e a permanência no Beta.
Pois bem, no dia 02/07/09, o diretor e o coordenador receberam oficialmente por escrito um email em que as 3 pautas defendidas pela comissão na reunião.

Resposta do diretor dada no mesmo dia: “Estamos fazendo um grande empenho para que tenhamos uma boa organização das salas, dentro do espírito da conversa que tivemos”.

Resposta do coordenador dada no mesmo dia: “Acusamos o recebimento da carta. Daremos um retorno o mais breve possível”.

Depois dessas confirmações de recebimento, nenhuma posição foi dada nem pela coordenação, tampouco pela direção.
Eis que, para usar um termo do coordenador, acusamos ao passar pelo Beta que as salas já estão sendo modificadas, as cadeiras foram retiradas bem como os quadros foram retirados das paredes.
Diante disso, mandamos um email e segue a resposta do coordenador datada do dia 08/07/09:
“No momento o prof. Claudio está ausente, ainda que acompanhando por e-mail nossas atividades.
Poderemos divulgar em breve o resultado da nossa negociação com as instâncias superiores, crendo que chegaremos a um resultado satisfatório.
Mandarei informações assim que as tiver concretizadas”.

Embora a resposta ainda não tenha vindo por parte do diretor, tampouco do coordenador (cabe a eles explicarem as razões), podemos encontrar a resposta no Portal do Aluno no link Horário de Aula. Lá já está informando que a sala do 3º e 4º estarão no edifício Capa. O 1º e 2º ainda é uma incógnita.


O Blog do CA nasce como ferramenta de mobilização e ação direta dos alunos. Ele será um fórum permanente de debate do público em defesa dos alunos e da qualidade de ensino no curso de filosofia.