quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Campanha por Eleições DIRETAS para Coordenador

  • Para pôr fim aos candidatos “Chapa Branca”
  • Para que os alunos participem do processo de escolha do coordenador de seu curso.
  • Eleições DIRETAS para coordenação já!

Avaliação da Gestão da Coordenação do Curso de Filosofia

A gestão do atual coordenador está chegando ao seu término e como todo fim de gestão, cabe aqui realizar uma avaliação desta gestão que chega ao fim. Por incrível que pareça, dentre as demais coordenações que houve no curso, esta última foi a responsável por inúmeras mudanças ao longo destes dois anos. O coordenador entrou herdando a polêmica mudança por parte da Instituição da redução do curso de quatro para três anos. O projeto que já estava em curso de dar ênfase à formação do professor de Filosofia em 3 anos e ensino modular foi abraçado pela nova coordenação.

O coordenador também assumiu logo após a auto-demissão da coordenadora anterior (misteriosa até os dias de hoje). Outro problema que o coordenador enfrentou foi à saída dos professores Ródnei e Marcelo. Neste período, o coordenador foi bastante feliz e competente nas substituições. Entraram os professores Marcos, Frederico e Fernando. Outro momento em que a coordenação fora bastante hábil, foi durante a licença da professora Suzi, muito bem substituída durante sua maternidade pelo professor Washington. Porém não é só de glórias que esta coordenação é marcada. Há uma série de posicionamentos bastante criticáveis que vamos apresentar aqui.

No entanto, antes de apresentá-los vale dizer que tais posicionamentos são decorrentes de uma postura muitas vezes voltada para os interesses da Instituição. Há vários casos como o episódio em que alunos do curso de Filosofia foram agredidos dentro do campus por militantes do PT. Após este incidente, o coordenador tentou “abafar o caso”, inclusive pedindo aos alunos agredidos que não fizessem boletim de ocorrência. Outro exemplo foi de uma reunião em que os alunos reivindicaram cursos de línguas, que em coordenações passadas, faziam parte da grade do curso. O coordenador se comprometeu a encaminhar a reivindicação, o que não foi feito. Podemos ainda mencionar aqui também a postura da coordenação quanto à transferência do curso do prédio Beta para o prédio Capa. Quem acompanhou de perto todo o processo e acompanha este blog sabe qual foi a postura do nosso coordenador. Outra história mal contada pela coordenação diz respeito às demissões dos professores Fernando e Jorge Gutiérrez.

Agora o curso está em outra fase, nunca estivemos tão ricos em Ricoeur no interior de um prédio barulhento e pouco propício para o aprendizado acadêmico. A coordenação não se pronuncia e muitas vezes se omite (leia o post: O assunto ainda não está encerrado). O ensino modular e a mudança de prédio aumentaram ainda mais a falta de diálogo entre professores e disciplinas, dando abertura para a arbitrariedade. Esta mudança, referendada na atual gestão, nos lega um desastroso resultado. Além da redução da carga-horária do curso, outras coisas vieram no pacote da Universidade, Shopping & Cia.: redução da grade de matérias, retirada de disciplinas e o módulo que, contraditoriamente em seu discurso, privilegia o olhar transversal, múltiplo e o diálogo entre os professores, para a construção de planos de ensino e uma possível interação entre as disciplinas, impossibilitado em um espaço no qual os professores mal se encontram. Os cursos de línguas ficaram a cargo do Centro Acadêmico, já que os consideramos fundamentais para nossa formação. Professores são contratados e demitidos ao sabor dos ventos e bandeiras e de modo muitas vezes injustificados. E a postura da coordenação mantém sua fidelidade aos interesses da Instituição mesmo a custa do sacrifício dos alunos.


sábado, 19 de setembro de 2009

A Babilônia do Ed. Capa!

Depois do jogo de cartas marcadas realizada na reunião do semestre passado com a Burocracia Acadêmica da Universidade, a maioria dos estudantes de filosofia estão completamente indignadas com o novo espaço. Segundo esses estudantes, o excesso de barulho é intenso, e não há nenhuma possibilidade de estudar. As reclamações dos estudantes iniciaram no início das aulas deste semestre, quando perceberam que havia uma escola de samba ensaiando em pleno horário de aula (realizada por alguns alunos da comunicação!, dizem as más línguas) nas redondezas da Universidade!

Não somente isso, estudantes do segundo ano relatam que a atual sala onde estudam é quase impossível de se ter aula. Pois o excesso de barulho é grande. A gota d’água foi no dia em que o coordenador estava lecionando no segundo ano e os estudantes quase não conseguiam ouvir o que ele estava dizendo por conta da Babilônia da sala ao lado.

O engraçado disso tudo, é que outros professores simplesmente foram reclamar diretamente com quem estava fazendo barulho e o que ouviram foi uma ríspida resposta.

Ora, está mais do que claro para os estudantes, se estes quiserem um espaço decente para estudar, é necessário construir um movimento entre os estudantes que diga não a estes Burocratas que simplesmente decidem tudo na surdina e na calada da noite.

Apesar de toda verticalidade nas decisões, os estudantes começaram a se mexer. Realizou-se uma reunião no dia 16/09/09, cuja pauta foi o atual espaço físico e alguns encaminhamentos foram tomados para o início do debate com Universidade. Ficou claro a todos os estudantes que o lugar que atualmente estão é apenas fruto de uma decisão paliativa da Universidade e que esta resolução, ou melhor, um despejo nomeado “democraticamente” de transferência vem ocorrendo há pelo menos uns 4 anos. Ou seja, quem esteve ao longo destes anos sabe o quanto o curso de Filosofia sofreu alterações, em sua maior parte pra pior.

É necessário um ponto de ruptura já!

C.A de Filosofia

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Convite à todos interessados

O Hugo, um colega nosso da filosofia, postou o seguinte comentário no post In vino veritas!:

"Pessoal, estamos fazendo isso na Pós de Filosofia e História contemporânea. Um@ onvidad@ (ou membr@) propõe um debate, o inicia e os outros debatem com el@. Ainda não estamos filmando. Mas, que tal somarmos as iniciativas? Está ocorrendo nas casas dos membros, mas poderíamos oficiaizar um lugar, ou não... Fica a proposta para o C.A. e dicentes da graduação, seria uma forma de nos confraternizarmos (pós, graduação, professores...) e produzirmos filosofia. Um abraço. Hugo"

Para o C.A se movimentar precisamos saber se vocês estão interessados, deixem seus comentários abaixo...

Abs, Catrina

Revista Espaço Acadêmico

A Revista Espaço Acadêmico, ISSN 1519-6186, começou a ser publicada em maio de 2001. A partir do nº. 97, foi incluída no Portal de Periódicos da Universidade Estadual de Maringá. A REA completou 100 edições em setembro de 2009 e está em seu IX ano.

E agora ela está convidando todos interessados para que visitem seu blog:
http://espacoacademico.wordpress.com/


O blog está aberto à sua contribuição, críticas, sugestões, etc.

É um espaço aberto. É um espaço de diálogo crítico sobre os temas pertinentes à revista. O objetivo é estreitar ainda mais os vínculos com os leitores e autores. Lá pode-se comentar os artigos publicados, sugerir temas e escrever sobre questões relacionadas à revista.

Abs,
Catrina

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O desabafo de uma integrante do C.A

Quando entrei na Metodista fiquei um tanto abismada por ela não ter um DCE e nem um DA. Nas outras universidades em que estudei o DCE já era uma tradição, impossível pensar a universidade sem ele. E os D.A.s cuidavam da integração dos alunos ao curso. Então, quando ouvi falar que iriam montar uma chapa para criar um C.A., até então inexistente, fiquei feliz e me propus a participar, com essa intenção de integrar.
E aí, o que acontece? Nossa chapa ganha, e os problemas começam a aparecer... Mas até aí, é simples entender o pq disso, eramos todos marinheiros de primerira viagem, sem uma tradição a seguir.
Tivemos muitas idéias e algumas colocamos em ação, como a recepção aos novos estudantes com o maracatu, os saraus, cine-clubes, a coordenação nos cedeu um dia na semana da filosofia, e muitos professores nos elogiaram, nos agregamos ao CA de jornalismo e escrevemos um jornalzinho, teve também o grupo de estudo de analítica e as aulas de línguas (francês, inglês e grego) e por fim, criamos o blog para falar e ouvir as vozes dos alunos (aqui no caso ler rsrs). Às vezes, pecamos na divulgação, ora pecamos na organização dos eventos, ora na agressividade ao fazer críticas, como na hora de receber críticas (e vamos convir, quem gosta de receber críticas, não é mesmo?rsrs), contudo,  estamos aprendendo com nossos erros, estamos deixando de ser marinheiros de primeira viagem, deixando de ser tão ingênuos...
Confesso que, muitas vezes,  fiquei triste com o que li aqui neste blog, tanto com alguns posts nos quais não concordo, qto com os comentários dos integrantes do C.A, que tbm se escondem por trás dessa sigla. Até eu fiz postagem anônima para não ser rechacada por eles! E concordei muitas vezes com certas críticas levantadas contra a gente (o C.A.). Agora, certos comentários me decepcionaram demais, argumentos chulos, infantis, maldosos, respostas que eu, sinceramente, não esperava vir de estudantes de filosofia.
E com isso aprendi mais uma coisa, algumas pessoas abusam da democracia.
E por causa desse abuso tanto do C.A quanto dos comentadores deste blog, venho a declarar que a partir de hoje os comentários anônimos estão sendo barrados e excluídos. Tanto os integrantes do C.A irão assinar seus posts e coments quanto seus leitores. Xingamentos gratuitos também não serão aceitos. Podem reclamar, falar o que quiser, mas eu cansei de ler certas baixezas dos anônimos do C.A e dos anônimos leitores.
Criticas serão bem-vindas, porque acredito nelas como meio de melhorar o que não enxergamos, mas por favor, dêem cara a elas para que possam ser levadas a sério.

Peço desculpas por todos nossos erros,
Catrina

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Violência Administrada

No beco escuro explode a violência
Eu tava acordado
Ruínas de igrejas, seitas sem nome
Paixão, insônia, doença
Liberdade vigiada
O Beco, Paralamas do Sucesso

Este blog vem a discutir um tema do qual foi acusado: violência. Por enquanto, não vamos falar da violência de nossas palavras que muitas vezes são o eco de vozes exasperadas e indignadas. Vamos falar da violência silenciosa, sínica e sorridente que muitas vezes se utiliza de palavras dóceis e cordiais. Vamos falar da violência institucional, da violência dos gabinetes e dos escritórios, da violência calculada em planilhas, na violência contábil entre o ter e haver. Falamos da violência dos contadores, a violência dos diretores, dos coordenadores, dos reitores, a violência das secretárias. Violência que não precisa mudar o tom de voz, violência que pode ser suave, que pode apertar sua mão e sorrir para você — a violência do poder. A mesma violência que olha para uma tela de computar e diz: “É o sistema” — como se o sistema fosse uma coisa metafísica, espiritual, como se o sistema não obedecesse a comandos, como se os programas de computadores e as planilhas de cálculo nascessem sozinhos e não obedecessem uma lógica. É desta violência que falamos, esta violência que acusamos, a violência lógica, a violência tão sutil que a vítima violentada se submete e aceita com complexo de culpa. É a mesma lógica dos advogados de estupradores que culpa a vítima de estupro pela roupa que ela utilizava quando fora violentada. Quando falamos de violência, falamos da organização e civilidade com a qual somos levados como rebanhos de gado de um lado à outro. A violência com local e hora marcada. Nós neste blog não somos mais violentos que a “força da grana que ergue e destrói coisas belas”. Falamos da violência da sociedade administrada, para utilizarmos um termo do Adorno. Falamos da desumanização e da reificação (coisificação) praticada pelos bons e metódicos cristãos que oram antes das refeições e atividades acadêmicas. Talvez seja mais fácil chamar de violentos quem se utiliza de discurso mais duro e contundente, porém o desvelar próprio que nos faz “filósofos” é perceber a violência nas relações mais triviais, nas falácias “dialógicas”, nas falsas democracias, nos discursos e oportunismos de carreira. Não viemos falar aqui na violência do beco escuro, mas da violência das salas iluminadas com luz florescente e aclimatizadas com ar condicionados. Viemos falar da violência que não é praticada pelo windows, mas pelo exel. A violência dos números e não dos argumentos. Nossas palavras aqui neste blog não são mais violentas que a arquitetura do Capa, do prédio do Colégio, dessa mescla de igreja e shopping que se tornou a Metodisney, da biblioteca central em que se pode fazer tudo dentro dela exceto ler, do shopping center que recebe o irônico nome de “Centro de Convivência”, do guichê de renegociação da Secretaria Acadêmica. A violência está em toda a parte, está em nós que escrevemos, está em você que lê se indigna ou não com os acontecimentos, está na instituição que te manda cartas ameaçadoras caso você venha a devê-la, a violência está na forma como agimos e reagimos.

Elogio a Eduardo

O interessante comentário do aluno William Dubal do 4º Ano nos motivou a postar o comentário todo. Algo semelhante ocorreu com a mensagem deixada pela Juliana Fagundes do 3º Ano. Confessamos que esta atitude do blog ocorreu pela concordância desses comentários com a opinião de seus editores. Porém este post irá tratar de duas ou várias vozes dissonantes: Eduardo e os Anônimos.
Eduardo é aluno do 4º Ano e entrou no debate ao comentar o post “O assunto não está encerrado”. Embora não concordamos com seus comentários que pecam por falta de uma visão política mais ampla e conjuntural (como encontramos nos comentários de Juliana e William) e argumentos esdrúxulos como: “estão lutando por melhorias para nós, mas para o próprio ego”; outros que beiram ao ridículo como: “não acredito num C.A. que não tem sala para suas reuniões”, uma coisa reconhecemos de louvável no nosso companheiro de curso Eduardo: a honestidade. Pois apesar de divergir frontalmente da nossa linha editorial e se retirar das discussões, nosso colega procurou participar e assinar seus comentários, mesmo correndo o risco de ser nominalmente refutado. A coragem de um homem deve ser sempre e acima de tudo respeitada. Por conta disso resolvemos lhe escrever este elogio.
Mas por que, perguntaria o atento leitor, elogiar uma voz dissonante? A resposta é simples. Não elogiamos seus argumentos e sim sua postura em assinar seus comentários. Com isso, queremos criticar uma outra classe de interlocutor: os Anônimos.
Pensamos inclusive em eliminar a possibilidade do comentário Anônimo, mas resolvemos mantê-los, pois é no silêncio e no escuro que os ratos agem. De nada valeria pisos de mármore e granito que escondessem seus subterrâneos e quem passa por eles. Por conta disso, mantemos os Anônimos para manter nossa piedade “por essa gente careta e covarde”. O silêncio, o medo, a covardia, a apatia e a indiferença têm sido sintoma e signo do estudante de filosofia na Metodisney. E o Anônimo tem representado bem o papel de revelar esse sintoma. Inclusive há Anônimo que chega a covardia de pedir, por meio dos comentários, a cabeça de professor. Não sabemos se isso é ignorância ou mau-caratismo do Anônimo, pois ele não considera que a função do Centro Acadêmico não é o de pedir a cabeça de professor e sim reivindicar melhores condições de ensino que passam por melhores instalações, grade curricular, entre outras coisas, além de organizar atividades entre os alunos.
Outra postura crítica a este blog que respeitamos e louvamos é a do aluno Hugo do pós. No seu comentário há críticas à linha editorial, da mesma forma que há elogios às ações concretas do CA como: “cursos de idiomas, "amostra de vídeos", sarau”. Há pontos que bastante interessantes e sugestivos: “Que tal promovermos debates sobre a educação e a Filosofia? Trazer pessoas do Movimento estudantil de Filosofia que estão promovendo muita coisa boa, nos interarmos das discussões de âmbito nacional... propocionar ao estudante de nosso curso uma leitura e debates mais elaborados destas questões?”


Essas são três posturas que aqui destacamos. Pelo menos Eduardo expôs a cara à tapa, a qual revidamos sem pena e sem dó, no entanto ele não foi refutado no anonimato. Outra são as críticas propositivas do aluno Hugo. Quanto ao Anônimo, deixemos ele no seu devido e confortável lugar: o anonimato.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O assunto ainda não está encerrado!


Depois dos estudantes do curso de filosofia serem expulsos transferidos do Edifício Beta pela burocracia acadêmica e em seguida, jogados acomodados no Ed. Capa, novos problemas surgiram nas salas de aulas.
Segundo os estudantes do segundo e terceiro ano, não há nenhuma possibilidade de estudar no novo espaço. O excesso de barulho é grande demais! Além de ter uma "escola de samba" embaixo da sala, na sala de aula vizinha o professor usa o microfone para lecionar suas aulas, relatam os estudantes.
As reclamações iniciaram desde o  primeiro dia de aula, mas quando o coordenador do curso de filosofia lecionava sua disciplina e os estudantes perceberam que o coordenador estava falando alto demais devido o barulho da sala ao lado, questionado pelos estudantes sobre o barulho da sala, o coordenador simplesmente disse “aqui na sala de aula eu sou professor, não sou coordenador”, (sendo que outros professores já haviam se manisfestado e pedido  encarecidamente ao professor vizinho para que abaixasse o volume do microfone) esta resposta deixou os estudantes embasbacados.
Logo depois veio o e-mail da coordenação:
"Colegas,

Fomos informados pela equipe da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas e Infraestrutura que “Estão sendo tomadas algumas medidas para resolver o problema de ruídos da sala C-104. Dependemos dos serviços de terceiros e a previsão inicial é para resolvermos na primeira quinzena de setembro.”
Um abraço,

Daniel
"
Esta é mais uma resposta que o Shopping Universidade  fornece aos estudantes. Jogando-os em qualquer canto, sem o mínimo de estrutura para seus devidos estudos. Então esperaremos até o fim dessa quinzena para ver o que vai dar, porém gostaríamos de saber como os alunos estão se sentindo com o novo espaço. Por isso, convocamos todos os estudantes para reunião no dia 09/09/09 às 21hs00 no Edifício Capa!
Pauta para debate: O novo espaço físico e discutir encaminhamentos a partir das propostas levantadas.
Contamos com a presença de todos!

Demissões & Demitidos

No início das aulas nosso caríssimo coordenador passou pelas salas para informar sobre as mudanças no quadro de professores. Segundo o discurso da coordenação, todos estavam indo dessa para uma outra melhor... Mas a verdade não é bem essa... Dos três professores, quem foi para uma melhor mesmo foi o professor Frederico que assumiu uma vaga numa universidade federal. No entanto, os outros dois professores (Fernando e Jorge) não tiveram a mesma felicidade. Ambos sofreram um processo que aqui vamos chamar de “sangria”, ou seja, foram atribuindo-lhes um menor número de aulas. Diferente do suplício público que podemos ler nas primeiras páginas de Vigiar e Punir de Foucault, esse processo foi realizado no privado do colegiado. Os professores tiveram suas aulas drasticamente reduzidas a ponto de quase serem convidados a se demitirem ou serem de fato demitidos. Este processo que podemos classificar de humilhante e ultrajante para dois especialistas em suas respectivas áreas reforçam o processo de precarização e pedagogização do curso de filosofia. Esta é a nova cara do curso: formação de medíocres professores de filosofia, mão-de-obra pouco qualificada para o mercado, já que, como sabemos, a Metodisney optou pelo mercado. O que o discurso oficial esconde é que a redução da grade curricular e o ensino modular reduz a necessidade de professores especialistas, reduz o quadro de professores, o que na prática prejudica nossa formação ampla e específica. Isso empobrece nossa formação, pois as aulas serão reduzidas a práticas didáticas do ensino de filosofia. Mais do que conhecermos a história da filosofia, conheceremos a história da lousa e do giz.