segunda-feira, 12 de outubro de 2009

História da formação do Centro Acadêmico

A criação de um Centro Acadêmico de Filosofia é desejo antigo. É um processo longo com idas e vindas, inclusive já houve CA no curso de Filosofia presidido pelo nosso atual coordenador de curso. Desconhecemos as razões pelas quais o CA não manteve sua continuidade. O desejo de refundar o CA se manteve com o passar dos anos e com as novas turmas. Entretanto, como em outras circunstâncias, faltava sempre a ação. Com o incidente ocorrido no campus em que envolveu alunos do curso de Filosofia e militantes do PT, um sentimento de indignação sensibilizou e motivou grande parte dos alunos. O Centro Acadêmico viria a renascer.

Reuniões foram realizadas para discutir o estatuto do CA, bem como reuniões para acertar o período e a forma de eleições. Houve um período de inscrição e duas chapas inscritas. Também houve uma semana para campanha eleitoral. A eleição ocorreu de forma tranqüila com a colaboração das duas chapas. Saído o resultado, uma das chapas começou a realizar seu trabalho com o apoio da outra chapa que, embora pensamento oposto, sempre teve postura bastante civilizada e participativa.

O Centro Acadêmico reconhece que tem vários problemas quanto virtudes. Até aí isso é natural. Isso vale para a coordenação, para a direção, para a reitoria e para a Universidade como um todo. No entanto, não podemos questionar a importância e a legitimidade desta estância. Pois ela promove reuniões abertas em que qualquer aluno pode se pronunciar e discutir propostas. Isso ocorreu inúmeras vezes no corredor do Beta. Muitas das críticas vêm por conta do blog do CA, pois ele tem uma postura bastante crítica e contundente.

Neste período temos de pensar em qual atuação queremos. A de um Centro Acadêmico que questione por meio de atuação política os vários problemas que nós sabemos que temos, que faz parte da nossa rotina cotidiana, que muitas vezes comentamos nos corredores. E esta mesma reflexão vale para outras esferas da faculdade, pois não nos esqueçamos que estas mudanças são um processo e que as tensões muitas vezes são necessárias para nossa defesa. Inclusive reivindicando maior participação estudantil nas várias esferas da faculdade. Por isso defendemos ELEIÇÕES DIRETAS PARA COORDENADOR DE CURSO.

Muito embora estejamos dentro de uma universidade privada, discordamos daqueles que dizem que por ser privada não precisa ser democrática. A Universidade precisa e deve (independente de ser pública ou privada) ser democrática, pois este é um valor que qualquer pessoa sensata defende para a sociedade como um todo. Um exemplo disso foi a participação maciça dos alunos na conversa com o coordenador quando este nos convidou a discutir as mudanças no espaço físico. Foi uma reunião que teve momentos de tensões e conflitos, concordâncias e discordâncias, porém isso faz parte do jogo democrático e do livre debate.

Concebemos este blog como um fórum para debate, mas reconhecemos que muitas vezes se tornou lugar de confrontos pessoais entre alunos, o que foge do propósito original deste blog. Pois o já publicamos várias comentários críticos e discordantes da linha editorial, no entanto, optamos por restringir ataques pessoais e ofensivos. Há alunos aproveitando da situação para criticar seus colegas e não criticar o contexto em que estamos inseridos. Emails assinados por particulares não são de nossas responsabilidades. Nos responsabilizamos apenas pelos artigos que aqui escrevemos e assinamos no plural.

Concordando ou discordando do CA, devemos defendê-lo como órgão de representação estudantil em que podemos votar e ser votados, lugar em que podemos criticar e ser criticados. É uma instituição nossa e a qual cabe a nós torná-la mais ou menos eficiente. Claro que podemos discordar dos seus posicionamentos em questões pontuais, isso faz parte da democracia, mas não podemos abrir mão da participação deste órgão que tem por dever nos representar enquanto coletivo.

3 comentários:

  1. Caríssimos
    O C.A. existe juridicamente ou é apenas um grupo de estudantes bem intencionados mas que ainda não contam com a devida e necessária representação jurídica motivada pela personalidade jurídica de um estatuto registrado ?
    Enquanto não houver o devido e necessário estatuto não ha como ser reconhecido o C.A., nem sempre "querer é poder": há regras normativas a serem respeitadas.
    Ha de se pensar ....
    Mauro Passos
    OAB/SP 114429

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  2. Como se o C.A. só existisse se houvesse registro...

    Tem gente que arruma pêlo em ovo pra criticar a organização dos estudantes.

    Claro né. Com o curso não situação que está...

    Diversos C.A.s funcionam sem registro. O C.A. são os estudantes defendendo o curso, não a burocracia da legalidade burguesa.

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  3. Mas se não há registro, como saber quando vence o mandato da direção??? É só no "diz-que-me-disse"???

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